Dicas diárias de aprovados.

O SILÊNCIO TAMBÉM É UMA RESPOSTA - DICAS PARA A PROVA DA OAB


Olá meus amigos, bom dia a todos. 

Hoje trago o relato da Mariana, aprovada no XXVIII Exame de Ordem, e dele preciso que retirem duas informações elementares: 
1- Fazer uma boa reta final, quer seja para a OAB quer seja para concursos, faz toda diferença. Uma boa reta final é o diferencial muitas vezes. 
2- A importância de manter sua preparação mais reservada. Isso gera menos pressões e te dará mais calma nos estudos. Você tira uma obrigação dos seus ombros caso seja mais reservado. 
3- A aprovação no exame de ordem pode abrir portas. 
4- Faça o exame da ordem ainda na faculdade. Não espere se formar para começar a tentar. Seu medo é seu maior inimigo. 

Agora dou alguns pitacos adicionais: 
5- Mesmo que você não queira advogar, faça o exame da ordem, pois ele será indispensável para sua atividade jurídica. 
6- A prova da ordem é a seleção mais tranquila, então não ache que está preparado para concursos porque passou na OAB. Não se engane. 

Vamos ao texto da Mariana: 


24 de janeiro de 2019 : dia em que saiu o edital do XXVIII Exame da Ordem e dia em que decidi, mesmo estando ainda no 8º período e só tendo 54 dias até o data da primeira fase, fazer aquela prova.

Fatores que me levaram a decidir fazer essa prova:
-       Eu já estudava para concurso, ainda que de uma forma bem atrapalhada,  desde o segundo semestre de 2017.
-       Em dezembro de 2018 eu fiz os 02 últimos exames e um simulado gratuito e tinha feito 57, 51 e 58 pontos.
-       Luan, meu veterano e namorado, sempre acreditou em mim mais do que eu mesma e me incentivou muito, já que assim eu ficaria com 02 últimos semestres “livres” para fazer a monografia.

O edital tinha a seguinte regra no item 1.4.3: “Poderão realizar o Exame de Ordem os estudantes de Direito que comprovem estar matriculados nos últimos dois semestres ou no último ano do curso de graduação em Direito até o primeiro semestre de 2019.”

Eu terminaria o 8º período em 03 de abril de 2019 e começaria o 9º período em 29 de abril de 2019, portanto, estaria matriculada nos 02 últimos semestres até o final do primeiro semestre e, consequentemente, cumpria a regra temporal prevista no edital. Prestem bem atenção nessa informação.

Outra informação importante é que eu sempre fiz várias coisas ao mesmo tempo e, acreditem, eu funciono melhor assim.

Então eu estava: cursando 06 matérias na UFS, tinha o estágio no TRT 20ª Região, fazia parte da comissão da formatura, dava aulas particulares 2 vezes por semana a noite e ainda tinha um bônus: provavelmente teria provas na universidade na semana que antecedeu o Exame da Ordem.

Mesmo assim, decidi que faria a prova, mas que seria discreta para não chamar atenção e gerar expectativas e pressões desnecessárias.
Eu só tinha “livre” os horários de 11:30h às 15h, então combinei com meus pais que almoçaria no estágio e  ficaria estudando na biblioteca do TRT até as 15h, que geralmente era o horário em que minhas aulas começavam na UFS (sim, eu chegava uns 15 minutos atrasada).

Também comprei uma pequena mala de carrinho, inspirada no assessor do gabinete em que estagiava, para carregar o resumão e o vade-mecum de uma forma discreta. Quase todos os dias alguém me perguntava se eu ia viajar, mas era melhor lidar com essa piada sem graça, do que saberem que eu estava estudando para o Exame da Ordem.

E essa foi minha rotina de 25/01/2019 até 17/03/2019: acordava às 06:00h, estagiava das 07:30h até 11:30h, almoçava no estágio, estudava na biblioteca de 12:00h até 15:00h, ia para faculdade e ficava até as 19:00 ou 21:00h e 02 vezes na semana também dava aulas particulares. Eu escolhia o sábado ou domingo para descanso e quinzenalmente fazia simulados gratuitos disponibilizados na internet.

Fui fazer a prova relativamente tranquila e com a sensação de que tinha feito o meu melhor naqueles 51 dias. A noite corrigi a prova e tinha acertado 58 pontos: que alívio! Estava aprovada com uma excelente margem, já que bastava ter 40 acertos para passar para a segunda fase.

Nesse meio tempo, o curso com o qual estudei para primeira fase me convidou para trabalhar com eles comentando questões da OAB e eu, claro, aceitei. Logo em seguida, passei a ser colunista fixa no blog, elaborar apostilas de algumas das matérias e também trabalhar com recursos de 2ª fase.

 O ensino sempre esteve presente na minha jornada, ajudava colegas na escola, desde os 18 anos dou aulas particulares e assim que aprovada na primeira fase passei a trabalhar com ensino voltado para o Exame da Ordem.

A segunda fase foi mais tranquila, estava marcada para 05/05/2019 e tive mais de 02 meses para me preparar. Segui com a mesma rotina mas deixei de dar aulas a noite para ter esse tempo extra para me dedicar às peças processuais e questões discursivas.

Dia 25/05/2019 sairia o resultado preliminar. Confesso que não fiz nada no estágio além de apertar f5 na página da FGV até umas 10:00h quando, finalmente, o resultado saiu e meu nome estava na lista de aprovados. Só quem já passou por isso sabe o misto de sentimentos que se tem quando se é aprovada na OAB. Saí tagarelando para todo mundo que tinha sido aprovada.

Com a aprovação, naturalmente alguns amigos e colegas vieram pedir dicas de materiais e de preparação no geral e eu fiquei muito feliz em poder compartilhar um pouco da minha experiência e assim ajudar outras pessoas a serem aprovadas.
Passados mais de 02 meses da aprovação, 02 amigos, em momentos diferentes, me contaram que João (nome fictício) estava falando iria entrar em contato com a FGV para “denunciar” que eu tinha feito a prova sem cumprir os requisitos temporais previstos no edital, pois, no entender dele, eu não poderia ter me inscrito no oitavo período. Ocorre que a regra exige que o aluno esteja ao menos no 9º período quando da prova, ainda que a inscrição tenha sido feita antes.

João era da minha turma mas não éramos amigos, apenas nos cumprimentávamos cordialmente. Eu fiquei perplexa, não esperava que qualquer pessoa fosse querer me prejudicar gratuitamente.

Aqui destaco que no Exame da Ordem, ao contrário dos concursos públicos, não existe concorrência, fazendo 40 pontos você é aprovado(a). No mais, João nem tinha feito o Exame de Ordem que fiz.

Nessa hora eu respirei fundo e agradeci por João não saber que eu ia fazer a prova durante a minha preparação. Porque se isso já me desestabilizou emocionalmente após a aprovação, imaginem como seria se acontecesse durante aqueles 51 dias ou 02 meses  intensos até o resultado.

Aqui está uma prova clara da importância do silenciar durante a jornada de preparação, seja para OAB, concursos públicos ou qualquer outro projeto que demande tempo, dedicação e esteja sob condição suspensiva.

Por ironia do destino ou por provação Divina, alguns dias depois de que fiquei sabendo, João me procurou porque estava pensando em fazer a segunda fase também em Direito Administrativo e queria minha opinião e dicas sobre a preparação.

O que vocês fariam?

Eu respirei fundo mais uma vez e optei por silenciar e não confrontar João. Respondi suas perguntas e passei o máximo de informações que tinha disponível sobre os prós e contras de escolher essa matéria.

Até o momento que estou escrevendo esse relato não sei se João entrou em contato ou não com a FGV. O que sei é que dia 17 de julho de 2020 recebi minha carteira de Advogada.

Atualmente, aos 23 anos e com pouco mais de 01 mês de graduação sou professora, advogada, microempreendedora e coordenadora de um dos cursos mais bem quistos e com maior número de aprovações em concursos públicos do Brasil, no qual desenvolvo projetos voltados para OAB lado a lado com profissionais altamente qualificados como os professores Eduardo Gonçalves, Mariana Fioravante e Rafael Bravo.

Já quanto a João, não tenho contato desde a formatura mas espero que tenha sido aprovado no Exame da Ordem e que esteja bem física e espiritualmente, até porque gente feliz e bem resolvida costuma não incomodar.

Meu objetivo com esse relato é que vocês absorvam o seguinte:
A aprovação no Exame da Ordem pode abrir portas para além da advocacia e dos concursos públicos.
O estudo para OAB é plenamente conciliável com a sua rotina, não se trata de “quanto” mas sim de “como” estudar.
E por último, saber silenciar é uma virtude essencial na jornada de estudos para OAB e/ou concursos públicos. A hora de reverberar os frutos vai chegar e até lá cultivem o silêncio, ele blinda vocês de uma série de energias e sentimentos negativos que em nada acrescentam.

Espero que tenham gostado.

Att. @profmarianadantas
28/08/2020

3 comentários:

  1. Exatamente. Se são nossos planos pq ficar compartilhando com outras pessoas que nem sabem dos desafios que precisamos enfrentar todos os dias? Por mais silêncio sobre nossos projetos individuais sim!

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  2. Perder tempo denunciando é coisa de idiota, acho que ele só falou isso para exercitar o NEG e funcionou, afinal ele foi citado 8 vezes, ele está na sua mente... João não é bonzinho, então a chance dele comer é maior.
    No mais foi irregular mesmo, eu li isso no edital e deixei para fazer no 5º ano. Você se beneficiou do país onde as regras não são cumpridas.

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  3. Luan (bonzinho) 1 x João (malvado) 8 - crew crew crew

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