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Depoimento de Aprovada: Luísa Militão Vicente Barroso - juíza federal do TRF1 (juíza mais nova do Brasil)

Olá meus amigos, tudo bem? Bom dia.


Hoje trago a vocês o depoimento da Luíza Militão, juíza do TRF1, a juíza mais nova do país. A história da Luíza nos comprova que é possível conseguir rápidas aprovações, desde que se faça o certo, use a metodologia de estudo que funciona para você e seja resiliente com as primeiras reprovações, tirando delas boas lições para corrigir para os próximos concursos. 


Ficamos felizes pela Luíza, que lia o blog, e desejamos todo sucesso como juíza federal. 


Vamos ao depoimento:


Meu nome é Luísa Militão Vicente Barroso, tenho 25 anos e, após quase 4 anos de estudo intenso, regrado e organizado, fui aprovada nos concursos do MPBA (promotora de justiça), DPMG (defensora pública) e TRF1 (juíza federal).

“Estudar, saber, agir, vencer”. Desde 2015, esse é o meu lema. Conheci essa frase quando prestei o exame de seleção para as vagas remanescentes do COLUNI, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, pois tais palavras estão estampadas em letras garrafais nas 4 pilastras que guarnecem a entrada da universidade, minha alma mater e minha casa. Desde então, carrego essas 4 palavras comigo em meu coração, como uma estrela-guia.

E eu realmente levei a sério esse lema: entendi que precisava ESTUDAR, SABER e AGIR para poder VENCER. Nunca tive ambições de conquistar qualquer coisa que fosse sem estudo/trabalho árduo. ESTUDAR era só o ponto de partida: precisava também SABER, ou seja, internalizar o conhecimento obtido por meio dos estudos e conseguir acessar aquelas informações. Precisava também AGIR: tinha que dar a cara a tapa, me expor ao erro, fazer provas. Jamais tive medo ou titubeei ao me inscrever em uma prova que queria prestar. E foi assim que consegui VENCER, conquistando o cargo dos meus sonhos.

Minha trajetória nos estudos extrapola em muito os 4 anos. Sou uma apaixonada pelo saber, desde criança fui incentivada pela família, por professores e pelos meus amigos a explorar minha capacidade. E acredito que, por isso mesmo, meus estudos, apesar de intensos, regrados e organizados, foram, acima de tudo, leves. Estudar, para mim, sempre foi um prazer.

Concluí minha graduação em 2021, na Universidade Federal de Viçosa, durante o auge da pandemia de COVID-19. Um pouco antes da formatura, fui aprovada no processo seletivo de estagiários de pós-graduação da promotoria de justiça da minha cidade, Inhapim (MG). Inicialmente, resolvi que queria trabalhar fora enquanto me preparava para os concursos, pois ouvia dizer que o ônus emocional de “apenas” estudar era pesadíssimo.

Entretanto, descobri que o ônus emocional do trabalho era ainda maior. Lidava com processos escabrosos na área criminal e de infância/juventude. E, por serem casos relativos à minha cidade natal, envolvendo muitas vezes pessoas que eu conhecia, o desgaste emocional era multiplicado de forma exponencial. Por isso, quando saiu meu registro na OAB, não pensei duas vezes para me demitir do estágio. 

Precisava da OAB não porque queria advogar – definitivamente nunca quis exercer essa profissão, por ser totalmente destoante do meu perfil –, mas porque precisava cumprir o requisito de 3 anos de prática forense. Assim, durante cada um dos anos em que estudei para os concursos, peguei algumas causas mais simples, que não me exigiam tanto, apenas para preencher tal requisito. Em 95% do tempo, somente me dediquei aos estudos. Não me arrependo dessa decisão. 

Enquanto conciliava os estudos e o trabalho no MPMG, focava em assistir as videoaulas do curso Ênfase. Tentava incluir também lei seca e jurisprudência, mas quase sempre deixava de lado porque chegava muito cansada do trabalho. Durante quase todo o ano de 2021, me dediquei às videoaulas: considero uma ótima forma de adquirir uma visão sistêmica do conteúdo e de dimensionar o desafio que vem pela frente.

Quando deixei o estágio, quase no fim de 2021, e também já muito perto de terminar as aulas do curso, sabia exatamente o que precisava fazer: incluir lei seca e jurisprudência no meu cronograma. 

Naquele fim de ano, prestei minhas 2 primeiras provas de carreira jurídica: o TJSP (magistratura) e a PCMG (delegado). Como tinha tempo sobrando, consegui estudar as matérias específicas da Polícia Civil, como medicina legal e criminologia. Fiz tais provas apenas como um teste e os resultados foram positivos, mas não suficientes para avançar à 2ª fase. De todo modo, essas experiências serviram para me mostrar que eu estava no caminho certo: a aprovação era apenas questão de tempo.

No início de 2022, passei a dividir meus estudos da seguinte forma: 2 horas para a lei seca, 2 horas para jurisprudência, 2 horas para questões e 2 horas para temas doutrinários, nessa ordem. Preferia começar o dia estudando a lei seca pois considerava essa fonte a que exigia maior atenção dentre as demais. Precisava estar com a mente limpa e descansada. Quanto aos temas doutrinários, escolhia aqueles assuntos com uma carga doutrinária mais densa (v.g. parte geral de direito penal) para assistir novas videoaulas ou ler PDFs. Nunca utilizei livros de doutrina, salvo para a matéria de Humanística. Prefiro aulas e tenho certeza de que, se tais aulas forem completas, não há nenhum prejuízo ao estudante caso opte por não usar livros.

Apesar de ter os 3 turnos do dia livres, minha meta era estudar “apenas” 8 horas líquidas. Penso que esse seja o limite de um estudo saudável, de uma trajetória leve. Começava às 8 da manhã e parava às 18h, com pausas para almoço (1 hora) e pequenos intervalos de 10 minutos a cada 1 hora líquida estudada. Isso salvou não só minha saúde mental como também minha coluna vertebral. Além disso, nunca deixei de fazer atividade física, gostava defazer pela manhã, por volta das 6h. Estudava de segunda a sexta nesse esquema e, aos sábados ou aos domingos, realizava simulados e corrigia-os. 

Em maio de 2022, me casei e me mudei para a cidade de Vitória da Conquista (BA). Inicialmente, estava um pouco perdida com tantas mudanças. Pouco tempo depois, foi publicado o edital da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE/MG). Senti que precisava de um edital aberto para voltar aos trilhos dos estudos e, considerando a possibilidade de teletrabalho nas procuradorias, associada ao fato de MG ser meu estado natal, resolvi me inscrever. A prova estava agendada para dezembro, de forma que eu teria quase 6 meses para me preparar e incluir as matérias específicas do edital (direito do trabalho, processo do trabalho e direito previdenciário, as quais não estavam incluídas nos meus estudos até então).

Estudei com muito afinco, utilizava as 2 horas de temas doutrinários para estudar as 3 matérias que mencionei, por meio de PDFs. Comecei a fazer provas de procuradorias para monitorar minha evolução e fui para a prova confiante. Fiz a exata nota de corte e estava, pela 1ª vez, numa 2ª fase. Passada a alegria daquele resultado, fiquei bastante desesperada, pois não sabia como me preparar para a fase discursiva. Acreditava sinceramente que ainda não havia reunido conhecimento suficiente para ser aprovada para uma prova oral, sentimento que foi potencializado pelo fato de ter não ter feito nem um ponto a mais que a nota de corte. Também tive uma pequena vivência de síndrome do impostor, pois sabia que enfrentaria uma concorrência especializada em provas de advocacia pública, ao passo que estudava para essa carreira havia apenas 6 meses.

Por essa falta de fé, não me preparei da melhor forma, não comprei cursos específicos de discursivas e acabei ficando fora da cláusula de barreira para a prova oral, apesar de ter feito uma boa nota naquele certame. As notas da 1ª e da 2ª fase se somavam para definir quem iria avançar para a oral, de forma que minha nota baixa na 1ª fase fez grande diferença nessa definição.

Àquela altura, já haviam sido publicados os editais das carreiras da AGU. Como eu estava imersa no mundo das procuradorias e obtivera um bom resultado na AGE, fiz minha inscrição. Estudei com muita disciplina e estava muito confiante. Incluí mais algumas matérias específicas, como direito internacional e tributos federais. Nas 3 provas, estava na 2ª fase de acordo com a previsão do ONV. Porém, após a publicação dos gabaritos definitivos, com inúmeras anulações, acabei ficando de fora por 1 ponto na AGU e na PFN, e por 3 pontos na PGF.

Sempre fui resiliente. Ficava chateada com as reprovações mas essa sensação passava muito rápido. No dia seguinte já retomava os estudos. As provas da AGU ocorreram em maio/2023, e eu estava inscrita para 2 provas importantes em julho daquele mesmo ano: MPBA e TRF1. Com certeza, as reprovações na AGU me deram o gás que eu precisava para estudar com sangue nos olhos para essas duas provas. Eram uma enorme oportunidade, minha chance de continuar na Bahia (nesse ponto eu já havia me apaixonado por esse estado e nem cogitava voltar para MG).

Além de tudo isso, a prova do TRF1 era especialmente importante para mim, pois já tinha estagiado no tribunal durante a graduação. Lembro de ter pensado que só de ir para a 2ª fase, já estaria realizada.

Felizmente, consegui ser aprovada para a 2ª fase nos 2 certames. Apesar de não estudar para MP nem para a magistratura federal, meus estudos até ali tinham sido ajustados de forma a performar bem nessas duas carreiras. No MP, devido à proximidade de assuntos com a magis estadual. No TRF1, devido às matérias de procuradorias que eu havia estudado para a AGE/MG e AGU.

Ainda assim, não acreditava que já estivesse preparada para performar satisfatoriamente em uma 2ª fase. Porém, não cometi os mesmos erros: comprei cursos específicos e me preparei com afinco para as provas que viriam. Todas elas ocorreram em setembro/2023. Foram 3 fins de semana, no total 7 dias de prova. Uma época enlouquecedora.

Em outubro/2023, foi divulgado o resultado da 2ª fase do MPBA. Não só fui aprovada como obtive uma nota boa o suficiente para me fazer galgar mais de 100 posições. Estava incrédula. Chorei muito porque só completaria os 3 anos de prática jurídica em janeiro/2024, sentia que estava perdendo a oportunidade da minha vida. Porém, Deus queria mesmo que eu passasse naquele concurso. Várias intercorrências administrativas atrasaram o andamento do certame e, em 18/01/2024, meu aniversário e 3 dias após eu completar os 3 anos de prática, reabriram o prazo para envio dos documentos da inscrição definitiva. 

Comecei a me preparar desesperadamente para a prova oral. Treinava todos os dias de 2ª a 6ª com os colegas, mas estava muito perdida. Nunca imaginei que, numa prova com 82% de reprovação, eu seria uma das aprovadas, sendo tão inexperiente e estando com tanto medo. Foi realmente um milagre. 

Em março/2024, pouco antes da minha prova oral do MPBA, foi publicado o resultado das discursivas do TRF1. Tive uma nota altíssima e, ciente do peso dessa prova, desabei chorando, porque tinha certeza da reprovação na sentença criminal. Sabia que não tinha feito uma boa sentença.

Em junho/2024, saiu o resultado das sentenças, depois de tanta espera. Como já imaginava, reprovada na sentença criminal, mas surpreendida com uma nota altíssima na sentença cível. Foi meu pior momento na trajetória dos concursos. Toda a resiliência que manifestara até ali caiu por terra. Sentia que estava perdendo, com toda a certeza, a maior e melhor oportunidade de toda a minha existência. A única coisa que me sustentou foi a aprovação no MPBA, se não fosse isso, talvez teria desistido de concursos ali mesmo, de tão mal que fiquei. Chorei várias vezes, sendo que nunca havia chorado por uma reprovação, mesmo já tendo ficado por 1 ponto de forma injusta 3 vezes (além da AGU e da PFN, também aconteceu isso comigo no TJES).

Por outro lado, sabia que eu era a única responsável por aquele resultado. A banca não havia sido injusta na correção, minha sentença realmente não merecia uma nota 6. Porém, após conversar com alguns amigos, decidi recorrer. Precisava de 0,56 ponto, e tinha contra mim não só o fato de minha sentença estar ruim, mas também o antecedente de nenhum dos 671 recursos da fase discursiva ter sido provido pela comissão de concurso.

Não sei de onde tirei coragem e criatividade para redigir aquele recurso, só sei que em julho/2024 ele foi provido, no que foi um dos dias mais felizes da minha vida. Ali, eu sabia que tudo daria certo no final. Corri para organizar todos os documentos exigidos na inscrição definitiva e fiz uma preparação de prova oral super organizada, sem neuroses e confiando na minha capacidade. Meus resultados até ali e também alguns sinais que recebi dos céus, esses vários milagres que Deus operou na minha vida, sussurravam em meus ouvidos que aquela era a minha prova.

Nesse meio tempo, fui aprovada também para a 2ª fase da DPMG e da PGESP. Diferentemente do MPBA e do TRF, esses foram certames tranquilos e sem grandes acontecimentos. Ambos, é claro, me trouxeram muita felicidade e orgulho. Na DPMG, fui até o fim, sendo aprovada no concurso. Senti-me honrada por ser considerada apta a fazer parte dos quadros dessa instituição admirável e tão necessária ao Estado Democrático de Direito. Já a PGESP, abandonei e não realizei a prova de 2ª fase, pois a data coincidia com o curso de prova oral do Júlio César para o TRF1.

Em 31/10/2024, atingi a tão sonhada aposentadoria dos concursos. A sensação de vazio que experimentei ao reprovar na sentença criminal me fez ter certeza de que a magistratura era meu sonho. Todas as provas de outras carreiras que realizara até ali foram, de certa forma, decisões racionais, mas o coração sempre bateu mais forte pela magis. Estou infinitamente realizada com a aprovação no TRF1.

ESTUDAR envolve, principalmente, organização. E acredito que esse tenha sido o diferencial que me permitiu SABER, ou seja, conseguir aplicar com eficiência as informações que obtinha durante o estudo. Além disso, foi o que me deu força suficiente para AGIR, sem me acovardar diante dos desafios que apareceram nessa jornada. E, por fim, foi a reunião desses fatores que me permitiu VENCER, ao atingir a meta que tracei há anos.Muito obrigada!!!


Eduardo, em 14/1/25

7 comentários:

  1. Depoimento incrível e tocante! Dá para sentir a emoção daqui por meio de suas palavras! Essa história me inspira a continuar estudando e ao ler depoimentos como esse, o meu coração bate mais forte, como se estivesse apaixonado por esse projeto de vida que temos que é tomar posse no cargo público, não só pelas vantagens, mas pela convicção de que nascemos para fazer isso. Parabéns pela conquista!!

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  2. Inspiradora! Aprendi muitas coisas com a Luísa no instagram dela, inclusive sobre as superquartas, e várias outras dicas preciosas! Incrível demais toda essa trajetória 👏🏼👏🏼

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  3. Depoimento sensível e tocante! O quarentão aqui ficou emocionado com a determinação e leveza da jornada dessa jovem magistrada, tal qual o mithril de O Senhor dos Anéis. Inspiração vinda de Deus para perseverar nessa e em outras jornadas, em meio a reveses, mas também com progressos gratificantes. Parabéns, Luísa! Que HaShem a abençoe e guarde!

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  4. As dicas da Luísa no Instagram foram a virada de chave para os meus estudos! Incrível, dedicada, de bom coração, humilde ♡ merece MUITO! Só sucesso!

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  5. Desnecessário essa fixação por ser mais jovem. De cada depoimento é possível tirar lições, mas quando há o privilégio de "só" estudar faço uma leitura bem selecionada do que pode me servir.

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  6. Depoimento inspirador! Aproveitando para pegar dicas e iniciar meus estudos para concursos 📝

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  7. Confesso que meu olho encheu de lágrimas! Luísa, parabéns por sua conquista!!

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