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MPRJ: UMA EXCELENTE E IMPERDÍVEL OPORTUNIDADE

Olá, pessoal!

Hoje vamos falar do concurso do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Antes, quero entrar num assunto polêmico. Muitos questionam se devem prestar todas as provas que surgirem no decorrer da preparação e as opiniões sobre o tema são as mais diversas possíveis.

Alguns dizem que isso não é necessário, tampouco saudável. Outros afirmam que isso é muito importante e imprescindível.

A diversidade de opiniões tem uma simples explicação: todo “especialista” dá a sua sugestão conforme a sua própria experiência vivenciada.

Logo, não existe uma opinião correta. Existem experiências bem-sucedidas que devem ser adaptadas à realidade de cada candidato. Portanto, o básico é nunca aderir a uma posição simplesmente porque fulano sugere que assim seja. Cada um deve possuir as rédeas da sua própria preparação.

Feita essa advertência, a minha opinião é a seguinte: SEMPRE FAÇAM AS PROVAS DA CARREIRA QUE DESEJAM.

Assim como “pênalti só erra quem bate”, prova só reprova (e passa!) quem faz.

A cada edital publicado, uma nova oportunidade de aprovação se avizinha. É na prova – e não em casa – que conhecemos, de fato, o nosso nível de competitividade.

São muitos os fatores que não conseguimos simular sem prestar, de fato, um concurso: a preparação para a viagem (para quem mora longe); a tensão do dia anterior; o café da manhã ou o almoço empurrado goela abaixo; a vestimenta, por vezes, pouco confortável; a ida até o local de prova; o movimento insano em frente ao colégio/faculdade; a insegurança de ter desligado ou não o celular; a conferida nas canetas; o fiscal andando para lá e para cá; a administração do tempo (com aquela bendita marcação do tempo no quadro); a fila para ir ao banheiro; a leve tremedeira para pintar o gabarito; o eventual “chato” da sala comendo algo barulhento; a briga por ligar ou desligar o ar-condicionado ou ventilador; o pensamento de “o que é que eu tô fazendo aqui”; a leve vontade de rasgar o caderno de provas; a felicidade em ter certeza absoluta de uma resposta; o grilo com aquele bando de respostas na letra “b”; a satisfação final em entregar aquele gabarito pintado etc...

Além disso tudo, o desempenho em prova tende a ser inferior ao que temos treinando questões em casa ou no local de estudos. Por isso, apenas simular, em alguma medida, pode ser ilusório.

Com o resultado da prova, é possível mensurar exatamente o desempenho em cada uma das matérias e, eventualmente, reprogramar a rota.

A máxima é verdadeira: “jogo é jogo e treino é treino!”.

Obviamente, isso tudo só é possível para quem reúne condições financeiras de realizar todas essas provas (só esse ano já são três agendadas: MPMS, MPRJ e MPBA). Sei bem que não é barato. Pelo contrário. É caro! Mas, na minha opinião, isso não é gasto. É investimento.

Não sendo possível, opte por se programar para fazer as provas mais próximas ou que sejam menos dispendiosas.

Por que eu disse tudo isso? Porque, nesse contexto, se tem uma prova imperdível é a do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Em razão do seu formato, a prova do MPRJ possibilita aos candidatos o conhecimento do nível da sua escrita e do seu conhecimento expositivo.

Para quem não sabe, no MPRJ não há prova objetiva (múltipla escolha). Desde a primeira fase, as provas são escritas.

A experiência de realização de uma prova escrita é bastante importante, já que, em todos os certames de MPE, a fase discursiva sempre é a mais difícil.

Infelizmente, muitos alunos negligenciam uma preparação global, ou seja, aquela que abrange, ao mesmo tempo, todas as fases do concurso. O que ocorre, via de regra, é um foco demasiado nas provas objetivas.

Não à toa, muitas pessoas ficam totalmente perdidas quando, repentinamente, conseguem uma aprovação em prova objetiva.

Como se sabe, o prazo entre o resultado da fase objetiva e a data da fase discursiva é extremamente curto, não havendo tempo hábil para uma dedicação eficiente. Portanto, é muito importante que se conheça previamente as características das provas discursivas.

Na minha opinião, o método mais eficaz para preparação para provas escritas é o da realização de simulados. Contudo, essa prática necessita ser extremamente personalizada, com um feedback individualizado do desempenho.

É neste contexto – da importância de uma preparação global e de se treinar para provas discursivas – que o concurso do MPRJ atende à necessidade de todos os candidatos, qualquer seja o nível de preparação.

Para os iniciantes, no mínimo, servirá como um choque de realidade do nível de dificuldade das provas escritas.

Para os que estão com dificuldades em passar para segundas fases, trata-se de uma oportunidade de se cortar um caminho, fugindo das famigeradas provas objetivas.

Para os que tem enfrentado dificuldades em prova discursivas, esta será mais uma chance de se aprimorar a escrita.

Enfim, a dica é, realmente, abraçar essa oportunidade.

Estando convencidos, vamos aos principais dados e peculiaridades desse concurso que teve seu edital publicado em 30/01/2018.



Como se pode observar, trata-se de um concurso bastante peculiar.

No último concurso, foram aproximadamente 2.600 inscritos, número bastante reduzido, ainda mais se considerarmos que o MPRJ é o terceiro maior do Brasil em quantidade de membros.

Foram aprovados cerca de 150 candidatos para as provas escritas especializadas. Após a prova especializada da Banca Examinadora 1, restaram aproximadamente 65 candidatos. Na seguinte (Banca 2), sobraram apenas 53 concorrentes. Na penúltima prova (Banca 3), o corte chegou a 24, número mantido depois da Banca 4. As provas orais eliminaram mais 3 candidatos, sobrando, ao final, 21 aprovados.

***
Conforme prometido, passa a fazer parte das minhas postagens semanais a agenda do futuro Promotor de Justiça. São muitos concursos neste começo de ano. Não podemos perder nada.


Um abraço, meus amigos.

Júlio Miranda, em 17/02/2018.

No IG @juliocomiranda

11 comentários:

  1. Muito obrigado pelas informações!!! Sou fiel seguidor do seu blog! Sucesso!

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  2. Eduardo, poderia ter um acompanhamento desses para juiz federal né?! Fica a dica. Excelente blog. Comprei o Esquematizado da Magis Federal e me ajuda muito. Obrigada pela dedicação.

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  3. adoraria o salário, odiaria as atribuições.

    abs!

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  4. Parabéns, Júlio! Como sempre, certeiro nas indicações da forma de estudar para alcançar esse árduo, porém gratificante, objetivo de ingressar no Ministério Público.

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  5. "Nossos alunos do Diagnóstico Esquematizado terão prioridade na matrícula." Obrigada professor!! Mas ainda estou tentando acertar questões de marcar "x".. Não teria o mínimo conhecimento para rabiscar algum conceito..!! Acompanhando suas postagens!! Valeu!!

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  6. Só posso dizer que estou cada vez mais contente com essas postagens direcionadas para o MPE aqui no site do Eduardo Gonçalves.
    Parabéns e muito obrigada, Jùlio, por essas últimas postagens.
    E um brinde ao estudo global!

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  7. Julio, tô estudando com foco pro MPF. Você recomendaria que eu fosse fazer essa prova? Considerando que é MP estadual e as matérias são um tanto diversas?

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  8. MPRJ é aquele que fez evento sobre segurança pública com o mestre Kim Kataguiri? Tô fora!!

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