//]]>

Dicas diárias de aprovados.

Postagem em destaque

DESAFIO CF EM 20 DIAS - BAIXE O SEU

 Olá meus amigos,  A QUINTA edição do nosso clássico desafio CF em 20 dias foi um sucesso total, com mais de 3.500 participações.  Quem quis...

DEPOIMENTO DE APROVADO NA FASE OBJETIVA DO MPRS AOS 21 ANOS E NO 6 PERÍODO (3 ANO) DA FACULDADE.

Oi amigos, tudo bem?

Hoje vou postar um depoimento que me lembrou muito a minha história: estudar para concursos na faculdade e conseguir obter os resultados ainda na graduação. 


Trago o depoimento do Gustavo, aprovado no 6 período já na primeira fase de um concurso de MP! Isso é incrível! Parabéns Gustavo, continue no caminho certo que em breve você ocupará qualquer cargo que desejar via concurso! Todo sucesso! 


Oi, pessoal! Meu nome é Gustavo Henrique Soares, tenho 21 anos, estou no 6º período do curso de Direito na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e fui aprovado para a fase discursiva do 51º Concurso para Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, obtive aprovações para Analista Judiciário e Técnico Judiciário do TRF4 (Sede da Seccional RS, Porto Alegre), fui aprovado em 11º lugar no Rio Grande do Sul no concurso para Procurador do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/RS) e fiquei entre os 60 primeiros colocados no Estado no concurso para Analista do Ministério Público – especialidade Direito. Também fui aprovado para Técnico do Ministério Público, concurso no qual aguardo nomeação, que é o cargo que posso exercer no momento.


Fico imensamente feliz em prestar meu depoimento aqui, pois acompanho o Eduardo desde quando comecei meus estudos, em novembro de 2023, e inúmeros aprovados extremamente qualificados (de referência mesmo) já publicaram relatos nesta página. Isso me deixa ainda mais grato por poder compartilhar um pouco do que fiz até agora na minha preparação.


Deixo claro que apresentarei minha história de forma capitular. Assim, se você quiser ir direto ao método de estudos, haverá uma seção específica sobre isso, bem como sobre bibliografia etc. Ressalto que estarei disponível para eventuais dúvidas, dicas ou quaisquer outros apontamentos no meu Instagram, onde respondo todo mundo: @gustavo.estudoss.


Uma última observação: faço este depoimento muito mais como concurseiro do que como concursado, considerando que ainda serei colega de vocês pelos próximos cinco anos, período necessário para adquirir prática jurídica e ter a possibilidade de tomar posse na Magistratura ou no Ministério Público, caso seja aprovado. Logo, tudo o que digo é aquilo que aplico atualmente — e continuarei aplicando pelos anos que virão.


Vamos lá?


1. ENEM e ingresso na faculdade


Minha família não é da área jurídica, e meus pais não têm formação superior. Portanto, ingressar na graduação não era, até meus 16 anos, algo que eu considerasse com seriedade, e eu sequer sabia o que era o curso de Direito. Aos 18 anos, não me via em condições de passar no ENEM e não conhecia o funcionamento do SISU ou do PROUNI. Assim, meu plano era trabalhar como jovem aprendiz até os 18 anos e juntar dinheiro para pagar uma faculdade particular.


Ocorre que, em agosto, faltando três meses para o ENEM, decidi fazer apenas a prova objetiva de Ciências Humanas (porque gostava da área) e acabei acertando 40 questões de 45. Isso me acendeu o alerta: “se eu estudar, eu posso passar”.


Aí veio o problema: naquela época eu estava esgotado. Acordava muito cedo para ir ao trabalho como aprendiz (carga horária de 6h); às 16h30 eu dava aulas particulares de xadrez (sou Mestre e jogava torneios antes de entrar no Direito); depois tinha aula do ensino médio das 18h30 às 22h; e ainda ia para a academia às 23h. Ou seja: eu não tinha nenhum tempo livre para estudar para o ENEM e precisava aprender do zero matemática, química, física e biologia, pois vim de escola pública e tinha uma base bem inferior à exigida nos vestibulares tradicionais.


Diante disso, decidi sair do Programa Jovem Aprendiz e apostar todas as minhas fichas no ENEM. Foi o período mais difícil para mim, pois escolhi voluntariamente trocar o certo por um resultado totalmente incerto — e isso faltando apenas três meses para a prova.


No fim, deu certo (até hoje não acredito totalmente). Fiz tudo o que poderia ser feito e dei o sangue nesses três meses, compensando 15 anos de uma base escolar fraca.


Com a prova realizada, conheci o SISU e a possibilidade de fazer faculdade pública. Eu precisava garantir a aprovação na primeira chamada, pois, se reprovasse, não teria mais um ano para estudar: teria que voltar a trabalhar em algum emprego que não exigisse nível superior.


Assim, optei pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em Rio Grande/RS — e fui aprovado.


Ao entrar na faculdade, conheci algumas matérias e tive interesse inicial em Direito Civil – Parte Geral, por ser a única matéria mais dogmática ensinada no primeiro ano. Li diversos autores: Sílvio Venosa, Flávio Tartuce, Nelson Rosenvald, Caio Mário etc. A princípio, eu não pretendia estudar para concursos, mas tudo mudou quando, em agosto de 2023, comprei o livro de Direito Constitucional do Bernardo Gonçalves. Gostei muito da matéria e comecei a revisar com questões, o que despertou meu interesse em evoluir em todas as disciplinas. Então pensei: “e se eu começar a estudar em novembro de 2023?”. E comecei. Os concursos foram incidentais à minha formação: primeiro estudei, depois pensei nos concursos.


FEITURA DA BASE


A partir daí, assisti a muitos vídeos sobre estudos para concursos: métodos, bibliografia, cronogramas etc. Decidi aproveitar a Black Friday de 2023 para comprar doutrinas e, assim que chegaram, comecei a estudar. Perceba que, antes de tudo, eu estudei como começar, o que considero fundamental. Organização é metade da preparação.


Apesar disso, fui bastante improvisado no início. Adotei métodos que hoje não considero os melhores, mas que funcionaram para mim no ENEM. Vale ressaltar que sempre conciliei estudos com faculdade, estágio e aulas de xadrez. Muita gente acredita que só quem tem o dia inteiro livre consegue resultados, mas não é verdade — embora ajude.


De 2023 até o fim de 2024, eu estudava em média 3 a 4 horas por dia, sem cronômetros (eles só aumentavam minha ansiedade). Minha principal técnica era fazer resumos, o que hoje vejo que me atrasou bastante. Resumi todos os livros que li nesse período (Bernardo Gonçalves; Didier 1, 2 e 3; Rosenvald 1 e 2; Juliano Heinen; Cezar Bitencourt, entre outros). Apesar de ajudar a memorizar, consumir tanto tempo não compensava.


O ponto de virada foi quando comprei, no final de 2024, o livro do Renato Brasileiro (Processo Penal). Eu já estava muito desgastado com resumos e, considerando o tamanho da obra, passei a usar grifos. Isso otimizou completamente minha rotina.


Estudava de forma pragmática e objetiva:


lia o capítulo do livro;


adicionava o tópico ao filtro de questões para revisitá-lo semanalmente;


ao finalizar o material, resolvia questões por matéria, focando em jurisprudência e lei seca.


Sem métodos mirabolantes, apenas pragmatismo.


Finalizei minha base no começo de 2025. Meu foco inicial era Procuradorias, mas, após fechar a base, intensifiquei lei seca e questões, usando os livros apenas para revisões pontuais. Além disso, comprei o Vade Mecum de Jurisprudência do DoD, que sempre foi meu ponto fraco — e isso também foi divisor de águas.


PRIMEIROS CONCURSOS


O ano de 2025 explodiu em concursos no RS, justamente após eu ter fechado a base — preparação + oportunidade. A maioria dos certames era de Tribunais e MP. Assim, adaptei meu estudo em janeiro de 2025 para as provas que viriam: MPU, TRF4, TJRS e MPRS. Passei a estudar Português por questões e mantive o sistema pós-base: lei seca, jurisprudência e questões.


Meu primeiro teste foi Analista e Técnico do MPU, em 4 de maio — um dia antes do meu aniversário — e foi o pior presente que recebi. Reprovei feio, mesmo acreditando estar preparado. Fiquei a 11 pontos de Técnico e a 7 de Analista. Foi um banho de água fria. Senti que um ano de estudos tinha sido defeituoso.


Analisei meus erros: alimentação ruim no dia anterior; sono péssimo (bnb com muito barulho; dormi cerca de 4h30); cheguei suado porque me perdi e precisei correr; além de problemas pessoais que afetaram meu psicológico. Mesmo assim, acredito que reprovaria, embora não tão mal.


Duas semanas depois, em 20/05, fiz a prova para Analista do MPRS — e arrebentei. Fiz 81/100 e fiquei entre os 60 primeiros do Estado. Atualmente, estou no próximo lote de nomeações.


Depois disso, vieram outros concursos, e passei em todos, sempre com estudo objetivo. Estudo 2 a 3 horas por dia, no máximo, devido à rotina, mas como já fechei a base, meu estudo é totalmente de revisão.


Após esse de Analista do MPRS, fiz outros concursos, e consegui ser aprovado em todos, o que me motiva muito: 


Procurador do CREA/RS - esse eu não iria fazer, mas mudei de ideia no dia anterior e fui pra prova, e, felizmente, acabei indo para a discursiva e passando nela 


Técnico e Analista do TRF4 - esse eu estava motivado, mas não consegui revisar muito , pois a faculdade dificultou muito os estudos. Estive o ano todo quase que me arrastando, em virtude da rotina mesmo de ter que fazer várias coisas ao mesmo tempo. Acabei indo bem na objetiva de ambas, sobretudo Analista Judiciário, que fiz 41/50, mas a discursiva de ambas me complicou bastante, o que me fez ser aprovado, mas cair muito na lista. 


Técnico do MPRS - esse eu estudei bem e revisei bem. Fiquei entre os 60 primeiros e é para a nomeação vir por volta do meio de 2026 (tomara que em uma lotação que tenha universidade, senão não posso tomar posse).



Mas o grande desafio era o concurso de Promotor de Justiça do MPRS. Eu estava ansioso para fazer pela experiência, pela qualidade da prova e pela oportunidade de identificar pontos fracos. Mantive minha preparação: lei seca, jurisprudência, questões e alguma doutrina em matérias específicas. Acrescentei algumas disciplinas no último mês (Idoso, PCD, Urbanístico, Consumidor, Notarial) e não estudei outras (Empresarial, Família e Sucessões, Eleitoral e Institucional).


Meu diferencial foram as matérias centrais, nas quais tirei nota muito alta. Fiz 71/100; o corte foi 69. Isso é inimaginável para mim. Eu sempre me imaginei, dentro do meu kitnet, pensando no dia em que passaria em uma prova desse nível — e esse dia chegou.


Fui para não reprovar feio. Minha meta era ficar a uns 4 ou 5 pontos do corte. Jamais imaginei ultrapassá-lo.


Agora, meu foco é não reprovar feio na segunda fase. Sei que ainda não estou pronto para ser aprovado, mas quero fazer o melhor possível e evoluir minha escrita. O resto é consequência.


A aprovação para a segunda fase tem valor muito mais simbólico do que técnico. Pertenço ao grupo de pessoas que não foram “projetadas” para sonhar com cargos tão altos, que exigem anos de preparação e um ambiente completamente diferente do meu cotidiano. Minha aprovação é mais exceção estatística do que prova de que “qualquer um consegue, basta querer”.


Apesar da felicidade e da vontade de chegar lá, preciso manter consistência e confiança no processo, pois ele é longo — e reprovar faz parte.


No mais, estou à disposição para ajudar quem tiver dúvidas. Podem me chamar no Instagram, caso queiram: @gustavo.estudoss.


BIBLIOGRAFIA UTILIZADA


Constitucional – Bernardo Gonçalves (super aprofundado e estruturou totalmente minha base).

Administrativo – Juliano Heinen (também aprofundado; ajudou muito).

Civil – Nelson Rosenvald (vol. único; foi o que mais me firmou).

Processo Civil – Didier (embora Processo Civil seja basicamente lei seca e jurisprudência). Para Fazenda Pública em Juízo, utilizei Guilherme Freire.

Penal – Cezar Bitencourt no início; divisor de águas: Jamil Chaim Alves.

Processo Penal – Renato Brasileiro.

Ambiental – Sinopse Frederico Amado.

Trabalho e Processo do Trabalho – obra de Felipe Fernandes e outros (voltada à Advocacia Pública).

Previdenciário – Sinopse Frederico Amado.

Urbanístico – Lei seca.

ECA – Sinopse Guilherme Freire.

Empresarial – não estudei.

Tributário – Ricardo Alexandre (parte geral) e Helton Kramer (tributos em espécie).

Financeiro – Manual de Harrison Leite.


Obs.: utilizei também as leis comentadas do Eduardo Belisário, muito úteis em revisões pré-edital.


Eduardo, em 13/12/2025.

No instagram @eduardorgoncalves

0 comentários:

Postar um comentário

Sua interação é fundamental para nós!

SIGAM NO INSTAGRAM @EDUARDORGONCALVES.

.

CADASTRE-SE PARA RECEBER AS NOVIDADES DO BLOG:

GOSTOU DO SITE? ENTÃO NÃO DEIXE DE NOS SEGUIR NO INSTAGRAM @EDUARDORGONCALVES.

.

NÃO DEIXE DE LER!