DEPOIMENTO DE APROVADO: MATHEUS DAIBERT DUARTE SILVA - APROVADO NO MP/BA (aluno do blog)

Olá pessoal, tudo bem? 

Hoje trago mais um depoimento super especial, de um aluno do blog. Matheus usou muito o blog, fez um curso comigo e foi aprovado no MP/BA. Pensa na felicidade. 

Muitas dicas excepcionais podem ser extraídas do texto abaixo. A mais importante, no meu ponto de vista, foi saber ler e entender cada deficiência a partir de cada reprovação. Essa leitura com clareza é fundamental  para ser aprovado.  

Desejamos parabéns ao Matheus e muitas felicidades como promotor de Justiça. Temos certeza que fará a diferença na vida de muita gente. 

Vamos ao depoimento: 

Olá!

Meu nome é Matheus Daibert Duarte Silva, atualmente tenho 28 anos, sou de Juiz de Fora, em Minas Gerais e fui aprovado neste ano no concurso para Promotor de Justiça do Estado da Bahia.

Inicialmente gostaria de agradecer ao Eduardo pela missão que cumpre em ajudar milhares de estudantes (como inclusive me ajudou) com dicas valiosas e mantendo o blog extremamente atualizado com um conteúdo técnico e de qualidade insubstituível!

Minha trajetória no mundo dos concursos teve início em Janeiro de 2021 quando iniciei meus estudos exclusivamente para o cargo de Promotor de Justiça, exatamente um ano após colar grau. 

Assim em 2021, logo em janeiro, fiz o curso Método do Eduardo (turma 01 e única) buscando me inteirar melhor sobre as técnicas de estudo e dicas de materiais, considerando que o mundo dos concursos era algo inédito para mim. Diante disso, estabeleci uma dinâmica de estudos organizada, com metas e que englobasse doutrina, jurisprudência, lei seca e questões.

Além disso, para acompanhar os estudos usei o MEU ESQUEMATIZADO PARA MPE com o intuito de identificar as temáticas de maior relevância para o Ministério Público e aquelas em que a leitura de lei seca seria suficiente.

Também selecionei as doutrinas que usaria para as principais disciplinas e então dividi meu tempo de estudo diário entre lei seca, doutrina e exercícios, sendo o estudo jurisprudencial negligenciado em um primeiro momento.

Alguns meses depois saiu a notícia de que haveria o concurso para Promotor de Justiça do MPMG, então logo de cara resolvi me inscrever por se tratar do concurso da carreira que visava e ainda por cima no meu Estado.

Dessa maneira, mesmo sabendo sobre a remota possibilidade de avanço para a 2ª fase fiz minha primeira prova de MP em outubro de 2021, onde pontuei pouco menos de 60% da prova, o que me motivou a mapear minhas principais deficiências nos estudos e adaptar minha estratégia com a finalidade de saná-las.

Então, passei a incluir diariamente o estudo de jurisprudência (dividia o estudo conforme o tema doutrinário que leria no dia) bem como passei a ampliar o tempo de lei seca, além disso, comecei a usar a resolução de questões como técnica de revisão, assim, aproximadamente 01 semana após a leitura de certa legislação eu buscava resolver questões objetivas sobre o tema para fins de fixação.

Já em 2022, me inscrevi no MPSP e MPRJ, tendo permanecido abaixo do corte por 03 questões no MPRJ, fato esse que me deixou extremamente feliz em decorrência da proximidade de minha nota com o ponto de corte para a segunda fase.

Aproximadamente 03 semanas depois, em abril de 2022, prestei o MPSP tendo obtido minha primeira aprovação para a 2ª fase em decorrência das adaptações que fiz nos meus estudos desde a primeira reprovação.

Ao mesmo tempo em que estava feliz com a aprovação para a 2ª fase eu estava extremamente perdido por não saber o que fazer no exíguo tempo até a fase discursiva, assim, adquiri um cursinho voltado ao treino de peças práticas e realização de questões bem como passei a rever os grifos do meu estudo de doutrina.      

Infelizmente, não consegui concluir a prova no curto tempo da 2ª fase do MPSP (são quatro horas para uma dissertação, uma peça prática e 5 questões).
Como já era esperado, meses depois veio a noticia de reprovação, o que me fez reformular completamente minha dinâmica de estudos passando a realizar revisões doutrinárias habitualmente englobando treino de questões discursivas por meio do conteúdo disponibilizado na “Superquarta” do blog do Eduardo bem como o treino de peças práticas semanalmente.          
Todavia, ainda que eu estivesse sanando as deficiências de minha base doutrinária, voltei a negligenciar o estudo de lei seca e jurisprudência fazendo com que a reprovação viesse ainda na primeira fase de outro MPMG e ainda no MPMS (ambos ocorreram no segundo semestre de 2022).          
A notícia da reprovação em ambas as provas me deixou extremamente desanimado e frustrado, como se tivesse acontecido um verdadeiro retrocesso no rendimento de meus estudos (considerando que meses atrás estava em minha primeira 2ª fase).
Então, me comprometi a não fazer nenhuma prova no 1ª semestre de 2023 e utilizar o referido período somente para reforçar a base doutrinária em certas disciplinas e aprimorar pontualmente o estudo de jurisprudência e lei seca. Ademais, para revisões intensifiquei a resolução de questões objetivas e discursivas.     
Assim, em junho/julho de 2023 eu prestei o MPSP e o MPBA, tendo avançado em ambos os certames para a fase discursiva.   
Então, por estar com o conteúdo doutrinário revisado em decorrência da técnica de estudos que adotei no primeiro semestre de 2023, no período entre a 1ª e 2ª fase de ambos os certames me dediquei exclusivamente ao treino de peças e resolução de questões revendo pontualmente alguns temas doutrinários.       
Alguns meses depois veio a notícia de aprovação para a fase oral do MPBA muito embora tenha reprovado na discursiva do MPSP.     
Com o avanço para a fase oral em setembro de 2023 busquei adaptar novamente minhas técnicas de estudo considerando que era a primeira prova oral da minha vida, então me matriculei em um cursinho, inclui treinos com colegas (3 a 4 x por semana) e passei a estudar conforme a banca buscando rever meus materiais e lendo pontualmente artigos e textos que se aproximavam das predileções dos examinadores.      
Permaneci treinando intensamente de outubro 2023 até final de março realizando a prova em abril de 2024 em que logrei êxito de ser aprovado!!

Além disso, ainda no final de 2023 fiz o MPRS e MPPR, tendo reprovado em ambos os certames ainda na 1º fase, no entanto, considerando que estava totalmente centrado na fase oral em que me encontrava não me abalei e permaneci firme no estudo para a última fase do MPBA.      

Sobre estudar e trabalhar:        
Durante o tempo de estudo trabalhei por certo período (de janeiro de 2021 até maio de 2022) como estagiário de pós graduação do MPMG (carga horária de 6 horas por dia), tendo encerrado meu vínculo logo com a aprovação para a minha primeira segunda fase (MPSP).

Não precisou passar muito tempo para que eu me arrependesse profundamente de encerrar meu vínculo pois minha ansiedade aumentou bastante bem como a pressão psicológica por permanecer diariamente “somente” estudando com dedicação integral, sem qualquer outra atividade para equilibrar a rotina. Além disso, eu não conseguia estudar de forma eficiente mais do que 07 horas líquidas por dia mesmo tendo o dia inteiro disponível.
Assim permaneci em casa unicamente estudando de maio de 2022 até março de 2023, quando fui nomeado em outro certame de estágio de pós-graduação do MPMG que prestei, fato esse que resolveu meu problema com a ansiedade nos estudos e normalizou a pressão psicológica que estava sentindo.

Então passei a equilibrar a rotina de estudos com o estágio fazendo uma média de 06 horas líquidas por dia até aproximadamente a ocasião de minha aprovação para a prova oral no MPBA (outubro de 2023), tendo que encerrar meu vínculo por ter completado o tempo máximo total de estágio legalmente permitido (02 anos).

 Após, retornei ao estudo em casa em tempo integral, no entanto, o fato de estar na fase oral auxiliou tornando o estudo mais dinâmico nesse período.

A dica que deixo diante do que aprendi durante minha trajetória é: o estudo para concursos é algo extremamente dinâmico que deve permanentemente ser objeto de adaptações e mapeamento conforme a evolução apresentada e considerando as “necessidades” a serem supridas.

Além de dinâmico, o estudo para concursos é “instável” estando em constante transformação e por isso demanda um permanente mapeamento sobre o rendimento em relação à lei seca, doutrina e jurisprudência.

Assim, em certos períodos haverá necessidade de uma dedicação maior em lei seca e jurisprudência (retas finais por exemplo) enquanto em outros momentos o estudo doutrinário deverá preponderar.

Ademais, a própria distribuição do tempo de dedicação para cada disciplina deve ser objeto de constante adaptação para lapidar o conteúdo e sanar as deficiências pontuais (Ex: em certo momento de minha trajetória dedicava o dobro do tempo de estudo que tinha para Direito Penal somente para Processo Coletivo – em vista da dificuldade que estava apresentado em tal matéria naquele momento. Posteriormente reduzi o tempo de estudo de Processo Coletivo e ampliei em Direito Eleitoral fazendo um curso isolado de tal disciplina.)

E nesse contexto de mapeamento, a resolução de questões objetivas e discursivas serve como uma excelente técnica de “RAIO-X” para identificar as falhas a serem sanadas e revisar temas quase esquecidos.

Em relação ao estudo de lei seca verifiquei que meu rendimento era muito maior utilizando Planos Extensivos de Legislação para MP que mesclavam a legislação com jurisprudência (Legislação Destacada).

Para jurisprudência, utilizava a plataforma do buscador do DOD acompanhando o tema doutrinário que estudaria no dia.

Sobre minha bibliografia, utilizei basicamente as indicações feitas pelo blog do Eduardo e no Meu Esquematizado, com a ressalva do estudo de Penal - Parte Geral em que usei o livro do Fernando Abreu complementarmente ao do Masson, ademais, em Constitucional utilizei o manual do Bernardo Gonçalves e em Civil utilizei o manual do Cristiano Chaves.

No mais, concluo que não existe ninguém melhor do que o próprio concurseiro para montar e adaptar seu cronograma de estudos conforme as necessidades e deficiências que estiver apresentando não podendo de forma alguma o estudo se tornar algo robótico ou mecânico em que o estudante não faça essa análise individual sobre os erros e acertos que estiver cometendo.

Espero que tenha ajudado os colegas com o meu depoimento!

 Para maiores dúvidas sobre as demais bibliografias que utilizei ou qualquer outro tema fiquem à vontade para me procurar: daibert_matheus@outlook.com.

Sigam o Matheus no instagram @matheus_daibert . 

Eduardo, em 18/08/2024

No instagram @eduardorgoncalves