Dicas diárias de aprovados.

A PRIMEIRA APROVAÇÃO

 Olá meus amigos bom dia.


Hoje vou falar a vocês sobre minha primeira aprovação, que foi no vestibular da grande Faculdade de Direito de Jacarezinho, uma das melhores e mais bem avaliadas do país.


Tratava-se de um dos vestibulares mais concorridos do Estado do Paraná, perdendo apenas para os cursos de medicina. A concorrência era algo em torno de 20 a 25 candidatos por vaga há 13 anos.


E para mim, muitas dificuldades, pois cursei todo meu ensino médio em colégio público. Quem estudou em colégio público sabe a extrema desvantagem competitiva existente. Não havia cotas na época. Concorri em desigualdade de condições com alunos dos melhores colégios particulares da região em que 50% dos alunos, pelo menos, queria fazer direito em Jacarezinho. Quem é da região sabe o peso do nome Faculdade de Direito de Jacarezinho. É o sonho da maioria dos alunos do norte pioneiro do Paraná. 

Eu sabia que, para ser aprovado, para mim seria muito mais difícil, pois a concorrência estava muito na minha frente, isso me vez estudar ainda mais, todos os momentos disponíveis, dar o meu melhor


E isso eu recomendo a todos: não importa se você está em posição de desigualdade com seu concorrente, você pode passar na frente dele


Não importa se você não estudou na melhor faculdade ou no melhor colégio, você pode ganhar de todos os seus concorrentes estudando melhor que ele


Foi o que eu fiz, dei o meu melhor e acabei sendo aprovado como treineiro, um ano antes, algo inimaginável.


Passei na frente do pessoal que estava no terceirão, muitos já formados e no cursinho, e eu no segundo ano do ensino médio de uma escola pública do segundo Município mais pobre da minha região. 


Pode parecer incrível, e eu também achei na época, mas refletindo melhor hoje tenho a certeza que tive um diferencial: eu aprendi a estudar para provas. Sabia fazer provas, coisa que meus concorrentes não sabiam. Estudei com estratégia para o vestibular. 


Antes de começar a estudar, peguei o edital e entendi a sistemática da prova, que tinha as seguintes exigências: 


PRIMEIRA FASE- 50 questões de gramática pesada com peso 3 (deveria acertar 20 questões ao menos) e uma dissertação valendo 150 (deveria tirar 60). Aqui estavam em jogo 300 pontos. 


SEGUNDA FASE- 50 questões de história, com peso 2, 50 questões de geografia, com peso 2. Nessas duas matérias deveria acertar 20 questões cada. E ainda havia uma prova de conhecimentos gerais com peso 01 e com exigência de acertar 10 questões (10 questões de química, 10 de física, 10 de matemática, 10 de biologia e 10 de inglês). Entre primeira e segunda fase havia uns 2 meses. 


O que eu fiz? Me matei de estudar português em um primeiro momento, focando em gramática pesada mesmo. Treinava uma redação por dia. Não assistia as aulas do colégio, pois não me ajudavam em nada. Levava minha gramática e estudava durante toda a aula na escola. Treinava uma redação por dia. 

Ou seja, foquei no que deveria ser feito. Passei na primeira fase. 


Entre a primeira e segunda fase, estudei só história e geografia, várias vezes, até decorar mesmo. Li e reli a mesma apostila velha da CESGRANRIO. Essa apostila era uma bem antiga que minha mãe usou para os concursos dela. Imagino que foram escritas entre 1995 a 2000 (e eu usei em 2007!). 


Para a prova de conhecimentos gerais não estudei, não haveria tempo. Resolvi chutar todas as questões no mesmo item, pois não sabia nada de química, física, biologia, matemática e inglês. Minha base nessas matérias era péssima em virtude da escola não ser das melhores. Lembro que em biologia o máximo que estudei na escola foi célula animal e vegetal! 


Segue o resultado abaixo, acertei 34 de LP, 29 de história, 37 de Geografia e 13 de Conhecimentos Gerais. Tirei 96% na redação (144 pontos de 150 pontos):




Resultado: uma das maiores notas do vestibular em Português, História, Geografia e Redação, ao passo em que uma das mais baixas em conhecimentos gerais (13 de 50). 


O que aprendi? 


Que não preciso saber tudo para ser aprovado, mas sim preciso conhecer minha prova para não estudar o que não é relevante. 


Aprendi, ainda, a escrever bem, fazer uma boa dissertação, coisa que a maioria dos estudantes de direito não sabe. A maioria dos concurseiro, a verdade seja dita, escreve mal. 


Aprendi, ainda, que vestibular (e concurso) é memorização. 


Não é sobre quem é mais inteligente, mas sim é sobre quem aprende e memoriza mais informações relevantes e escreve bons textos.


Nunca fui o mais inteligente da minha turma de faculdade, mas sempre estive entre os que tinha melhor grau de memorização e aplicação prática do conteúdo memorizado. 


Sempre escrevi muito bem, não no sentido de escrever sem erros, mas sim no sentido de saber colocar a informação no papel.


Nunca tive a melhor condição financeira dentre meus concorrentes, mas sempre estudei mais que eles. Sou adepto do estudo pelo tempo que conseguir, de dar o melhor e o máximo todos os dias. 


Assim, meus caros, conto essa história por esses motivos: 

1- Concurso não é sobre quem tem mais oportunidades na vida, mas sim sobre quem aproveita melhor as oportunidades que tem (as vezes pouca). 

2- Concurso não é sobre ser inteligente, mas sim sobre ter estratégia e saber estudar e memorizar.

3- Não passa quem estuda mais em tempo, mas sim quem estuda melhor. Tempo de estudo não é o diferencial, mas sim a qualidade. 

4- Concurso jurídico tem que escrever bem. Quem escreve mal terá dificuldades sérias.

5- Tem que conhecer as regras do jogo, e jogar conforme essas regras. Não passa quem estuda ou sabe mais, mas sim quem segue melhor as regras do concurso. 


Saber estudar para vestibular ou concurso é o grande diferencial.


Bom domingo a todos. 


Eduardo, em 14/03/2021

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1 comentários:

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