//]]>

Dicas diárias de aprovados.

Postagem em destaque

DESAFIO CF EM 20 DIAS - BAIXE O SEU

 Olá meus amigos,  A QUINTA edição do nosso clássico desafio CF em 20 dias foi um sucesso total, com mais de 3.500 participações.  Quem quis...

A Incompatibilidade Constitucional das Pensões Vitalícias para Ex-Agentes Políticos

Oi meus amigos tudo bem? Como vocês estão? 

Tema de hoje: Pensões Vitalícias para Ex-Agentes Políticos que ocuparam cargos políticos. Já ouviram falar do tema? 

Pois bem. 

As normas estaduais e municipais que instituíam pensões vitalícias, subsídios ou "verbas de representação" de caráter permanente para ex-governadores, ex-vereadores, ex-prefeitos e seus dependentes encontram-se, em regra, em frontal incompatibilidade com a Constituição Federal de 1988.

O cerne da inconstitucionalidade reside na violação a diversos Princípios Fundamentais e regras atinentes ao Sistema Remuneratório e Previdenciário dos agentes públicos.


1. Violação aos Princípios da República e da Igualdade

O Princípio Republicano (Art.1,caput,daCF/88), que se manifesta na temporariedade dos mandatos e na igualdade de todos perante a lei, é o primeiro a ser ferido. A concessão de pensão vitalícia sem caráter contributivo e exclusivamente em razão da ocupação pretérita de um cargo eletivo configura um privilégio injustificado e uma benesse personalíssima.

Ademais, ofende o Princípio da Igualdade (Art.5,caput), pois concede um tratamento diferenciado e mais vantajoso a um grupo restrito de cidadãos – os ex-agentes políticos – em detrimento dos demais trabalhadores e servidores públicos, que dependem do sistema contributivo para obter benefícios previdenciários.


2. Afronta aos Princípios da Moralidade e da Impessoalidade

Tais pensões também violam os Princípios da Moralidade e da Impessoalidade (Art.37,caput,daCF/88). A manutenção de pagamentos vultosos aos cofres públicos sem uma contraprestação atual ou um lastro contributivo rompe com o senso de justiça e probidade administrativa, caracterizando um gasto público imoral e antieconômico. A remuneração no serviço público deve se dar pelo exercício do cargo, e não pela sua desocupação.


3. Ilegitimidade Remuneratória e Previdenciária

A Constituição Federal, em seu Art.39,§4, estabelece que os detentores de mandato eletivo podem ser remunerados por subsídio fixado em parcela única. O subsídio, por natureza, é pago apenas enquanto o agente está no exercício do cargo. Não há previsão constitucional para o pagamento de subsídio a ex-ocupantes.

No plano previdenciário, a regra é a natureza contributiva do sistema, prevista no Art.40,caput e no Art.201,caput. A concessão de pensão vitalícia sem a correspondente fonte de custeio e sem observância às regras de tempo de contribuição e carência desvirtua o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), regimes aos quais os agentes políticos devem ser vinculados (Art.40,§13, c/c Art.201,§9).


Posição Jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal

O STF consolidou entendimento no sentido da inconstitucionalidade superveniente das leis que criaram tais benefícios, mesmo aquelas editadas antes da Constituição de 1988, por considerá-las não recepcionadas. O Tribunal tem reiteradamente julgado procedentes as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) e Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra estas normas.

🎯 Tese Firmada:

O STF fixou a tese de que os cargos políticos são de ocupação transitória e temporária, não se justificando qualquer benefício de forma permanente.

O STF considera inconstitucional a instituição de prestação pecuniária mensal e vitalícia a ex-ocupantes de cargos eletivos ou seus dependentes, por violação aos princípios republicano, da igualdade, da moralidade, da impessoalidade e do caráter contributivo da previdência social.


Em suma, a pensão vitalícia para ex-ocupantes de cargos públicos, na forma como historicamente instituída por leis locais, é flagrantemente inconstitucional no ordenamento jurídico brasileiro. Ela representa um anacronismo incompatível com o espírito republicano e os princípios democráticos da Moralidade, Impessoalidade e Igualdade, e com o regime contributivo da Previdência Social. A atuação do STF tem sido decisiva para extirpar esta prática, reafirmando o compromisso com a responsabilidade fiscal e a ética na gestão da coisa pública.



Certo amigos? 


Eduardo, em 9/12/25

No instagram @eduardorgoncalves

0 comentários:

Postar um comentário

Sua interação é fundamental para nós!

SIGAM NO INSTAGRAM @EDUARDORGONCALVES.

.

CADASTRE-SE PARA RECEBER AS NOVIDADES DO BLOG:

GOSTOU DO SITE? ENTÃO NÃO DEIXE DE NOS SEGUIR NO INSTAGRAM @EDUARDORGONCALVES.

.

NÃO DEIXE DE LER!