Dicas diárias de aprovados.

Depoimento - JUÍZA DO TRABALHO (Mãe de um e grávida)

Olá queridas mamães #concurseiras bom dia. 

Feliz dia das mães a cada uma de vocês, que doam sua vida por seus filhos e ainda arrumam tempo de correr atrás de seus sonhos. A vocês todo nosso carinho e torcida para que alcancem seus objetivos. 

Para motivá-las, vamos compartilhar o depoimento da Paula, aprovada recentemente no Concurso Nacional da Magistratura do Trabalho sendo mamãe de um príncipe e grávida de outro.

Como acredito que existem várias mamães que não acreditam em seu potencial ou acham que filhos são barreiras, acho que o depoimento da Paula Cavalcante vai ajudar a retirar esse pensamento e potencializar a vencedora que toda mulher tem dentro de si. 

Boa inspiração. 

O sonho de ser Juíza do trabalho nasceu ainda na faculdade. Me formei em dezembro de 2009 e em 2013 iniciei a minha preparação para o concurso. Vi em um ano meu estudo se aprofundar bastante e sentia que a aprovação era possível. Em 2014, meu marido e eu decidimos que era a hora de um Baby. Engravidei em setembro de 2014 e já durante a gravidez meu ritmo de estudos foi diminuindo. Era muito sono e cansaço! Acumulava o trabalho fora de casa com o trabalho da casa. Então, qualquer tempo livre era momento de descansar.  E foi assim durante a gravidez, estudando muito pouco. Quando meu filho nasceu, me dediquei exclusivamente a ele até quase 8 meses, quando voltei a trabalhar. Neste período ainda fiz algumas provas (RN, RJ e SP), mas sem grande êxito. Afinal, já não vinha no mesmo ritmo de estudos. Nesse momento pensei que não era mais pra mim esse sonho. 

Quando meu guri foi pra escola, com 1 ano e 8 meses (início de 2017), passei a ter as manhãs livres novamente. E foi aí que decidi correr atrás do sonho de novo.
Aos poucos voltei ao ritmo de estudos. 
Quando o edital do I concurso nacional da magistratura do trabalho saiu eu joguei todas as minhas energias.
Depois da segunda fase pensei que tinha perdido a prova.
Resolvemos ter o segundo filho. 
Engravidei em janeiro de 2018. Os resultados da discursiva e da sentença saíram depois de já estar grávida.
Enfrentei a oral grávida.
Fiz a prova oral em Brasília com 34 semanas de gravidez.
Deu certo!
Foi muito cansativo! Sono, dores nas costas, cansaço por tomar conta do filho mais velho, trabalhando fora, muitos cursos de preparação fora do meu estado.
Mas nada podia ser desculpa. Afinal, tinha chegado até ali e tinha que dar o meu melhor para realizar aquele sonho.
Pessoas incríveis estiveram ao meu lado me ajudando. Rede de apoio é muito importante!
O desejo no coração e a fé em Deus são fundamentais para seguir adiante e acreditar que o sonho é possível! 


Depoimento postado no Instagram: 
O sonho de ser juíza do trabalho nasceu na faculdade. O estudo sério para conquistar o sonho em 2013.
Este poderia ter sido apenas mais um concurso, dentre os, sei lá, 20 que fiz. Mas Deus resolveu que este seria o MEU concurso.
O edital do I concurso nacional da magistratura do trabalho saiu mais ou menos na metade do ano passado. E já quando ouvia boatos de que ele iria sair meu coração gelava: afinal tínhamos uma viagem programada para setembro. “Léo, e se a prova for quando a gente estiver viajando?!”. Edital lançado, primeira etapa apenas em outubro. 
A preocupação eram os dias de estudo “perdidos” que teria por causa da viagem. Tentei estudar por lá, mas não deu certo! 
Quando voltamos foquei total e li o máximo de coisas que pude. Léo saia de casa com Samuel para que eu aproveitasse ao máximo aqueles últimos 15 dias antes da prova.
Primeira fase feita e a certeza da reprovação!
Dia seguinte à prova e conversei com Jessica. Disse q não tinha gostado da prova. E ela me perguntou como eu rezava pelo meu concurso. Eu disse que pedia forças a Deus pra não desistir. E foi aí que ela me ensinou a rezar: ela me ensinou que eu tinha que rezar para que Deus fizesse a vontade dele na minha vida. E assim comecei a rezar.
O resultado da primeira fase saiu: não passei! Fiquei triste. Não recorri... 
Mas foi aí que Deus começou a mostrar a vontade dele. 
Por meio do recurso de outros candidatos aproveitei questões e estava na segunda fase! 
Uma amiga me liga contando a novidade e quase não acredito. Eu perguntei: faltam quantos dias para a segunda fase?! Eu não me preparei nada. A resposta foi: 18 dias!  
Esse era o tempo que eu tinha para me preparar para 10 questões dissertativas e 1 sentença.
Naquela noite Léo sentou comigo e planejou cada um dos 18 dias comigo. Com prioridades de estudo. Ele me guiou.
Vamos pra Brasília. 
Dia 01 de prova... que prova! Sem chances de passar... e quando me perguntavam como tinha sido, minha resposta era: eu terminei.
Dia 02... que sentença era aquela! A maior da vida... último treino de sentença tinha sido em 2014...antes de Samuel chegar. Em 2015 o CPC mudou... mas fui lá e dei o meu melhor. Questionada sobre a prova, apenas dizia: cheguei no “nada mais”!
Era certeza não passar... e o resultado da discursiva veio... 5,9! A nota mínima era 6.
Vou recorrer.
Recorri de 9 questões. Afinal, cada décimo valia!
Dia do resultado da análise dos recursos (sexta-feira): Recurso da questão 1, indeferido! Da 2, indeferido... e fomos assim até o 9° recurso... quando apareceu um DEFERIDO! A pergunta era: quanto me deram?! Só na segunda-feira pra saber. 
Me deram 0,1! UM DÉCIMO! Exatamente o que eu precisava!
Alegria!
E o dia 13 de abril chegou! 
Naquela sexta-feira quando íamos pro trabalho, ouvíamos o rádio e o locutor disse: que coisa de sexta-feira 13! A sexta feira será de grandes alegrias e conquistas.
E naquela manhã veio a alegria da aprovação na sentença! Que 6,09 lindos! 
Meu deus, eu estou na oral! Quantos anos esperando por isso. 
Agora eles vão saber que eu sou uma farsa! Que eu não sei de nada! 
Iniciemos a preparação...
Cursos e cursos disponíveis... nenhum deles barato! Nenhum deles em João Pessoa! 
Mas Léo e minha família me sustentaram cuidando para que eu pudesse viajar e me preparar com a tranquilidade possível.
Neste caminho de preparação conheci pessoas incríveis, professores e colegas que inspiraram com suas histórias de vida e de luta!
Quando estava no primeiro curso preparatório em São Paulo, saiu o edital com a data em que teríamos que nos apresentar em Brasília para os exames físicos e psicológicos. O concurso dedicou o mês de junho inteiro para isso e eu fui selecionada para o dia 19/06! 
19/06! Eu tinha o mês inteiro e cai exatamente no dia do aniversário de Samuel. Que dor no meu coração! Eu sou muito sentimental para estas coisas! Eu sei que ele não sentiu tanto a minha ausência naquele dia, mas eu senti não ter passado o dia com ele! Mas superei e continuei a preparação.
 A preocupação era se daria tempo de fazer essa prova oral em Brasília antes de Lucas chegar! Minha médica dizia que me liberava pra viajar de avião até 34 semanas... e Léo me dizia que até de carro iríamos.
Novos editais das datas do concurso: últimos dia de arguições da prova oral 26/10 (dia provável do parto de Lucas!) e homologação final do concurso 17/12 (aniversário de casamento!).
A data inicial de arguição foi modificada: 04 de setembro. Semana que faria as 34 semanas de gravidez. 
Fiz um requerimento pedindo para ser arguida na primeira semana. Requerimento deferido. O dia estava marcado: 04/09/2018 às 15h! 
Chorei ao pensar que dali duas semanas estaria vivendo o sonho de adentrar ao TST em busca do meu grande objetivo profissional.
Decidir quem iria comigo... Léo e meu pai se candidataram... não pensei nem duas vezes e já afastei a possibilidade! 
Ficou decidido: Samir vai! E ele realmente foi o meu “anjo”. Me passou a tranquilidade que eu precisava, cuidou de todos os aspectos logísticos, cuidou do meu celular nas 24h e segurou meu choro no pós prova! Valeu Cunha!!
Dia 03/09 sorteei o meu ponto. Ponto 216! Rezei antes para que o ponto me trouxesse tranquilidade para estudar. E Deus me deu o ponto que mereci. As matérias que mais tinha receio não vieram com assuntos que me causassem desespero para estudar.
Dormi 3 horas naquela noite.
Foram quase 20 horas de estudo.
Dia 04 enfim chegou.
Enquanto me arrumava, ouvia as musicas que me acalmaram durante todo o concurso. Rezei.
Cheguei ao TST e tentei dissimular o nervosismo conversando com as pessoas da comissão organizadora.
15h. Chegou o momento!
Sentei naquela cadeira em frente aos 5 integrantes da banca e dei o meu melhor! Em algum momento pensei: vou reprovar por causa deste examinador! Mas depois dele me reergui e respondi tudo o que sabia para o examinador seguinte.
Foram mais dois meses de espera. De incerteza. De angústia.
Mas enfim o dia 05/11 chegou e trouxe alegria!
A alegria não se resumiu a este dia, apenas, mas durante o caminho em si. A gratidão por ter chegado na oral era visível para mim e para todos os que eu encontrei pelo caminho.
E que pessoas incríveis eu encontrei.
O fato de estar grávida fazia com que eu me sentisse ainda mais abraçada por essas pessoas.
A alegria só não foi completa porque algumas delas (tão queridas) não lograram o êxito da aprovação junto comigo.
Mas para elas já deixei o meu abraço e o consolo do colo de Deus! Ele sabe todas as coisas!
Deus me mimou e cuidou de mim durante estes 7 meses por meio de pessoas incríveis! 
Eu não tenho nem como agradecer a Léo! Os olhos marejados dele ao sair o resultado demonstra como ele sonhou esse sonho comigo e como cuidou de TUDO para que enfim desse certo. Deu Amore!! E a vitória é sua na mesma proporção que é minha!
Meus pais, minha sogra, os titios de Samuel e Lucas... meu muito obrigada nunca será suficiente para agradecer o que vcs fizeram pela minha família este ano. Que zelo para que eu pudesse me dedicar aos estudos e fazer minhas viagens sem me preocupar especialmente com Samuel! Muito obrigada.
Aos colegas que encontrei pelo caminho (são tantos que não vale a pena citar pra não esquecer de ninguém), vocês sabem o tamanho da minha gratidão. Que bom que nos conhecemos!
Aos meu amigos de antes de quem tanto precisei de apoio e orações! Obrigada a cada um.
Quem fez as 24h comigo! Vcs foram essenciais para a aprovação! A importância da doação de vcs naquele 03 e 04 de setembro só eu sei!
Samir, cunha! Tu só ajudou nas 24h hahah meu muito obrigada! 
Samuel, seu pai fez de tudo para que você sentisse bem pouquinho a ausência da mamãe! Você é a criança mais especial que eu conheço! Obrigada por todo dia dizer que ama essa mamãe, sendo ela juíza ou não! Tenha certeza de que você foi força para enfrentar todos os dias de preparação.
Lucas, meu gordinho, vivemos isso juntos. Deus me deu você para que eu pudesse carregar junto comigo cada um dos que eu amo. Sempre me questionavam indiretamente se vc tinha sido um acidente. Afinal, quem engravida no meio do concurso?! E eu sempre dizia: “não, ele foi programado! O que não foi programado foi passar no concurso!”. 
Quando eu digo que ninguém explica Deus é isso... Ele me trouxe até aqui. A aprovação só foi possível porque foi a vontade dele na minha vida. Como serão os próximos dias?! Não sei! Mas tenho a certeza de que Deus está cuidando de tudo para a minha felicidade!
Obrigada, Deus! Ninguém te explica!

Feliz dia das mães #concurseiras.

16 comentários:

  1. É muito chato quando as pessoas atribuem a Deus suas conquistas, pois dessa forma, automaticamente, estão dizendo: sem Deus você não conquista nada! E isso não é verdade: muitos ateus e ateias passam em concursos, são felizes, conquistam seus sonhos. Eu, que sou ateu, não preciso atribuir minha vitória a seres transcendentes, metafísicos, criados pela imaginação humana. Sem Deus também temos as mesmas oportunidades, as mesmas batalhas, os mesmos problemas, a mesma garra. Então é isso, Edu, só gostaria de esclarecer que, mesmo em pequena parcela, nós, ateus, existimos, e somos bons pais, bons filhos, bons irmãos. Não temos fé, mas temos esperança. Não temos Deus no coração, mas temos um sentimento profundo pela humanidade, pelo respeito ao próximo, pelas causas que dignificam e aperfeiçoam a espécie humana. Sim, somos humanistas, acreditamos que o ser humano, na sua incrível complexidade, é o condutor de sua vida, por isso a necessidade de união que nós, humanistas, pregamos. E sim: sou ateu e passei em vários concursos, sou servidor da Justiça Federal e estudo para AGU: sou pai, marido, irmão e me dedico diuturnamente a tais papéis. Sou ateu, mas respeito todos os religiosos e religiões, mas não digam que sem Deus não conseguimos nada ou somos piores que os outros seres humanos, por favor!

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    1. É sério que isso denotou textão do colega ali?? O.o
      Bizaaaarrro!!! kkkkkkkkkkkkkkk

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    2. Falta de lei seca para ler

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    3. Desnecessário seu comentário. Puro recalque Afff

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  2. Nathália e Eduardo, minha gratidão eterna por esse depoimento, muito lindo. Deus continue abençoando muito vocês!Que seja a vontade de Deus na nossa vida!

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  3. Meu Deus!!!Esse não é apenas um depoimento, mas um testemunho que além de motivar, alimenta a fé, a esperança e certeza do melhor de Deus na vida dos Seus!Gratidão... gratidão pela partilha!!Sem dúvida nenhuma, foi a melhor leitura de hoje!

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  4. Que belo depoimento. Histórias como essa são uma verdadeira injeção de ânimo para quem enfrenta diariamente a tarefa hercúlea de estudar para um concurso. Obrigado !

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  5. Este espaço de comentários está virando um espaço de testemunho pra evangélicos, é? Muito chato isso. Os depoimentos parece que foram dados em alguma igreja, só falta dizer Amém, aleluia no final ou agradecer ao pastor tal. Concordo plenamente com o ateu que escreveu acima. Isso mesmo. Somos iguais, com Deus ou sem Deus, o que importa é o caráter e a força de vontade. Lembrei de um depoimento de uma pessoa que passou para juiz federal: parecia que eu estava lendo a bíblia de tantas citações. Esse pessoal se sente diferenciado, superior, é como se estivesse dizendo: tá vendo, fui escolhido por Deus e vcs, ateus ou pessoas com pouca fé, estão condenados a nunca conseguirem o que querem! Ranço desse povo, viu! Edu, sei que isso não vai ser publicado, mas quero parabeniza-lo por publicar o texto do ateu e por este admirável blog!

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  6. Que depoimento incrível! Parabéns Paula!! Recentemente fui aprovada pra DPF e chorei lendo teu depoimento e relembrando a ansiedade pré-prova oral e os resultados, bem como todo o apoio que minha família e namorado deram nessa fase crítica. Toda felicidade do mundo pra ti e pra tua família nessa nova fase!

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  7. Com 33 anos, muitas vezes me questiono se ao engravidar me afastarei de outros sonhos. Esse depoimento me fez chorar! Parabéns minha xará e obrigada Eduardo por compartilhar aqui, renovou meu ânimo!

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  8. Nao consigo entender porque algumas pessoas se incomodam porque outras tem fé e acreditam em Deus. Ela é livre para acreditar no que quiser, e ela apenas externou que a fé dela em alguma coisa a ajudou. Acredite nós ou nao. Se ela comentou tanto
    em DEUS no seu depoimento , foi porque ela creditou e pronto . Poderia ser fé em qualquer coisa... Oxeeeee!

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  9. Nessas horas vemos mesmo como a magistratura trabalhista é um mundo à parte. Talvez conte mais a prática para a aprovação? Só sei que se a pessoa quer a magistratura federal ou estadual, por exemplo, e não treinar exaustivamente, não passaria nem da porta. Improvável ser aprovado tendo treinado sentenças há 4 anos e ir lá fazer uma boa prova de juiz federal.

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  10. Que comentários mais nada a ver sobre ao que a autora atribui suas conquistas. Testemunho é algo pessoal, não é texto jurisprudencial, ela pode e deve atribuir ao que quiser e isso não significa apologia a nenhuma religião. Falta de respeito com a individualidade, liberdade e autodeterminação da pessoa. Daqui a pouco proporão filtro em testemunhos pessoais. As pessoas são assim, cada um acredita no que quiser e nos cabe a tolerância para ouvir e respeitar. Se vc acredita diferentemente, ótimo, a diversidade contribui para a pluralidade!

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