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A IMPORTÂNCIA DE SE TER UMA ESTRATÉGIA E ACREDITAR NELA
Olá, pessoal.
Conversando com colegas aprovados e conhecendo outros
por terceiros, fica evidente que não há nenhuma estratégia infalível ou pré-determinada
para a aprovação.
No entanto, na mesma medida, não há nenhum aprovado que
não tenha tido alguma estratégia, seja ela qual tenha sido.
A premissa, portanto, é que NÃO HÁ ESTRATÉGIA CERTA, mas é
necessário que se tenha CERTA ESTRATÉGIA.
Assim como um cientista se debruça sobre o seu objeto de
estudo, o estudante precisa se dedicar a conhecer o seu desafio.
O primeiro passo, penso, é reconhecer o terreno em que se está
pisando.
Ao verificar o nível de dificuldade do certame desejado, o
candidato certamente verificará que não há espaço para uma preparação “meia
boca”.
Definido que o desafio será verdadeiramente encarado,
o aluno PRECISA estabelecer sua estratégia de preparação.
Em termos objetivos, em geral, concursos demandam conhecimentos
doutrinários, normativos e jurisprudenciais. E as provas são feitas por meio de
questões, sejam objetivas, discursivas ou orais.
O que, então, a estratégia precisa abranger?
- conteúdos doutrinários;
- conteúdos normativos;
- conteúdos jurisprudenciais;
- resoluções de questões.
Não é imprescindível que todos os conteúdos sejam estudados
simultaneamente, mas é preciso que a estratégia estabeleça quando e como cada
um deles será enfrentado.
Os conteúdos, por óbvio, não são estanques, pois estão sempre
em evolução e se modificam, de modo que a estratégia precisa ser maleável a
ponto de se verificar as carências e sanar as dificuldades a todo tempo. Em
resumo, o candidato precisa estar sempre atualizado.
Vejo nos conteúdos doutrinários a maior dificuldade dos candidatos.
O aluno pretensioso acredita estar preparado para todas as fases do certamente
e, por isso, relega esse conhecimento e se dedica apenas para as provas
objetivas. O aluno muito cauteloso acha que nunca sabe o suficiente e está
sempre estudando novas doutrinas, na busca pelo material perfeito (que não existe!).
O primeiro avança no sinal vermelho e o segundo fica travado no sinal amarelo.
Os conteúdos normativos são preteridos pela imensa maioria
dos candidatos, pois são “chatos” demais. Porém, na estratégia, quem não se
submete a encarar um vade-mécum seco despreza a grande porcentagem de questões
de uma prova objetiva (e não se enganem, das discursivas e orais também).
Parece consenso que o Dizer o Direito trouxe o caminho para o
estudo dos conteúdos jurisprudenciais. Hoje em dia, não há grade de preparação
que não estabeleça rotina para o estudo das decisões. A revisão de véspera, como
o próprio nome revela, é uma revisão e, por essência, demanda que o aluno tenha
estudado anteriormente o conteúdo.
Sempre me perguntei por que a imensa maioria dos candidatos não
resolvem questões. É como se um jogador de futebol fizesse fortalecimento muscular,
acompanhamento nutricional, alongamento, trabalho psicológico e... não treinasse
futebol.
As provas são feitas de questões e é treinando as resoluções
que essa tarefa é facilitada.
Adquirida a consciência da premência de uma estratégia, o
grande desafio é manter a escolhida. Aqui reside um dos grandes pecados dos
candidatos.
Por insegurança, ansiedade ou medo, os alunos modificam a
estratégia a cada mês – ou meses – e isso fere de morte a constância da preparação.
O resultado é a sensação de sempre estar começando, o que
acaba com a motivação de qualquer pessoa.
A dica, portanto, é: tenham uma estratégia e acreditem nela.
Júlio Miranda, em 14/03/2019.
No Instagram: @juliocomiranda
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Dr. Julio. iniciei um plano de estudos a algumas semanas, é obvio que a insegurança sempre paira, com o questionamento de se realmente é a forma correta para estudar.
ResponderExcluirA partir de que ponto o senhor indica a repensar ou até mesmo alterar o plano de estudos?
Boa noite,
ExcluirEu sugiro que só modifique a estratégia quando encerrado o planejamento inicial, desde que abranja os conteúdos mencionados na postagem.
Lembre-se que a evolução é lenta.
Abraço, Júlio.
Bem eu "Por insegurança, ansiedade ou medo, os alunos modificam a estratégia a cada mês – ou meses – e isso fere de morte a constância da preparação." ��
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