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DICAS E BIBLIOGRAFIA- MAGISTRATURA FEDERAL - TESTEMUNHO DE APROVAÇÃO (completo, com dicas, bibliografia, métodos de estudo, etc.)
Prezados, hoje é com muita alegria que publicamos as dicas e bibliografia para o concurso de JUIZ FEDERAL (e também para AGU, MPF, etc). É com mais alegria ainda que publicamos as dicas do colega João Augusto Carneiro Araújo, aprovado recentemente no concurso de juiz federal da 2ª Região. Antes, porém, já havia chegado na fase oral do TRF4, e não pode fazer a prova em virtude do regulamento do concurso que exige a comprovação do triênio constitucional quando da inscrição definitiva!
Agradecemos ao João por permitir que compartilhemos com vocês sua história e dicas para esse que é um dos mais visados e difíceis concursos do país: juiz federal!
Desejamos sucesso na carreira e que seja muito feliz no novo cargo.
Parabéns meu amigo.
Seguem as palavras do João, que servem de inspiração a todos nós:
TESTEMUNHO
DE APROVAÇÃO (completo, com dicas, bibliografia, métodos de estudo, etc.)
É com
alegria indescritível que faço esse relato de aprovação no concurso de Juiz Federal Substituto do Tribunal Regional Federal da
2ª Região (RJ/ES) neste dia 22/1/2015 exatamente as 18:00 horas, a todos que
almejam alcançar um sonho (seja qual for) ou até mesmo vencer um desafio, um
problema, uma barreira ou qualquer circunstância.
A palavra de ordem é, sempre nas palavras do
salvador e mestre Jesus Cristo: TUDO É POSSÍVEL PARA AQUELE QUE CRÊ!!! (Mc
9:23).
Meu nome é João Augusto, tenho 26 anos, conclui a
faculdade de direito no mês de dezembro de 2010, colei grau antecipadamente no
dia 17 de dezembro, pois havia sido aprovado na OAB (2010.2) e no concurso de
Procurador Federal (AGU) (em ambos fui aprovado enquanto cursava o último ano
da faculdade), e com a graça de Deus tomo posse no cargo de Juiz Federal em 5
de março de2015 no Plenário do TRF2-RJ. É só alegria? Não é bem assim, aliás,
não foi bem assim.
Nascido em setembro de 1988, sou de origem humilde.
Meus avós ainda trabalhavam no meio rural, e meus pais já saindo para o meio
urbano, foram trabalhadores incansáveis. Aliás, não tenho palavras para
descrever meus pais, fizerem o que era possível, e até do impossível não
tomaram conhecimento para me formar como ser humano, cidadão, em especial, na área
acadêmica, com muito carinho, amor e dedicação (tenho uma dívida de amor para
com eles que é impagável, infinita). Embora simples, tinham uma visão ampla e
aprofundada de tudo, e venceram tudo (inclusive quando com quatro meses de vida
entrei no hospital e o médico disse para minha mãe que só Deus podia resolver,
enfim, paro por aqui porque as lágrimas surgem... apenas posso dizer que por
essa e por outras ocasiões difíceis eu conheço mais de perto a expressão
“chegou o fim”).
Sempre estudei em escola pública nos ensinos
fundamental e médio (antigo primeiro e segundo graus), pois como havia
referido, não havia condições materiais para ingresso em escola particular,
embora sempre tivesse o desejo, em especial para prestar o vestibular. Mas não
foi possível, e como agradeço por isso...
Minha jornada nos estudos começa em março de 2005,
fiz vestibular para ciências contábeis, com bons resultados na prova objetiva,
mas reprovei duas vezes na redação (tinha problema em escrever!!!). Fiz
vestibular para medicina na UFPR, mas reprovei na objetiva. Vestibular para
direito em uma faculdade particular na minha cidade, onde a relação candidato
vaga era de 3 por 1 (nos concursos a média é de 100 para 1!!!), pois rodei as
duas vezes. Tenho então uma nota razoável no Enem e curso Direito em Curitiba,
bolsista de 50% (morava a 100km da faculdade até o final do 4º ano, quando mudo
de cidade, eram mais de 5 horas em uma van, mais estágio, pouco tempo para
estudar, mas sem cessar).
Fiz meu primeiro concurso, para o porto de Paranaguá,
tiro 6,8 e fico em 400 e todos. Concurso para o MPU em 2006 (técnico), com três
meses de estudo nas férias, estava confiante, tirei 7,5 e uma colocação para lá
de 1000. Concurso para o TRF4a em 2006 (técnico judiciário), fico com 6 e pouco
e desclassificado. Concurso para o TRT9a em 2007 (técnico judiciário), estudei
também, tiro 5 e pouco e desclassificado. Nesse meio tempo entrei no estagio da
Justiça Federal, e inicia o encanto da carreira na magistratura federal (ou
seja, são 7 anos estudando com o sonho de ser juiz federal). Concurso para o
TRE-RS no final de 2008, estudo forte em 3 meses, mais uma vez confiança a
Porto Alegre, tiro 7,1 para técnico e 7,4 para analista judiciário, perspectiva
de ficar em 200, mas o concurso é anulado. Concurso do TRT15a, estudei bem mais
dessa vez, vou para Campinas na esperança, na prova de Analista Judiciário
minhas canetas me deixaram na mão e ouvi do examinador que não poderia
emprestar de ninguém (pense na angustia), mas depois me emprestou, tiro 7 e
desclassificado, na prova de Analista Judiciário/Execução de Mandado, tiro 7,5
e tenho minha redação corrigida (7,5), mas fico em 400. Concurso para o TRE-SC
em 2009 (Analista Judiciário), estudo forte, vou a Florianópolis com muita
confiança, até minha mãe tinha sonhado com vitória, prova cansativa e extensa,
e tenho o melhor resultado, fico com 7 e pouco na objetiva e 8 e pouco na
subjetiva e na 94ª colocação (melhor posição em concursos de técnico/analista).
O concurso é infelizmente anulado, depois homologado, depois o CNJ suspende as
nomeações (afee).
Vou então morar em Curitiba para fazer cursinho. Em uma
noite saí da minha cidade, pois tinha aula pela manhã no dia seguinte, e
revolvi ir de a pé da rodoviária até o local onde estava morando na capital,
juntamente com minha mãe. Era mais de meia noite em feriado de finados
(3.11.2009) e lá mais uma vez a dificuldade. Um meliante nos parou com uma faca
grande (peixeira) e nos assaltou. Olhava nos olhos dele, ele não tinha nada a
perder, e tinha sede de sangue, falava toda hora que queria o dinheiro porque
seu amigo estava chegando (provavelmente armado). Mas graças a Deus ele pegou o
que queria e foi embora, pegamos um táxi e ele não quis nos levar na casa de
uns familiares, pois estávamos sem dinheiro, mas ainda sim nos deixou na frente
de uma delegacia.
Bom, faço o curso verbo jurídico, no final de 2009,
focando o concurso do TRF4a para Analista Judiciário, sendo 3 meses de cursinho
de 3 meses de estudo em casa, a preparação que reputava perfeita para aprovação,
mas a 184ª em Curitiba e 384ª no Paraná. Fiz o TJ-SC (Analista), e se tivesse
acertado mais uma questão de português ficaria em 2º lugar em Joinville
(nãooooo, eliminado). Fiz para Advogado da URBS/Curitiba e por uma questão não
sou aprovado (nãooo, eliminado mais uma vez). Concurso para o MPU (analista
processual), 161ª colocação. Ouço de uma pessoa muito especial: “você nunca
passa em nada”, nessas horas as lagrimas são um bom consolo, porque? Era
verdade, não passava em nada. Lembro-me da sensação de frustração toda vez que
via o gabarito, o ranking no correioweb, os editais de classificação, sempre
com resultados ruins ou inexpressíveis (não sei como continuei, só quem estuda
sabe da tristeza nestes momentos, e ninguém nos entende (exceto as pessoais bem
próximas, o fardo é maior por isso, é uma derrota nossa, só nossa, mas sei que
Deus me olhava e dizia: levanta, continua, apenas continua, porque te reservo o
melhor).
Neste tempo (em janeiro de 2010) abrem os concursos para
Defensoria Pública Federal (DPU) e Procuradoria Federal (AGU), e o que pensar?
Estudo, estudo, e estudo para analista/técnico e nada, para esses cargos então
nem se fale (aqui uma observação: devemos analisar o perfil da prova, para mim
vejo que analista-técnico não bate comigo, pois tenho dificuldade em gramática
e redação geral, mas vou melhor nas questões jurídicas, objetivas, subjetivas e
na oratória). Mas faço a inscrição. Prova da DPU no início de março, me preparo
por umas 3 semanas focado, fico com 4,1 e a nota de corte é 4,45), fiquei feliz
mas com um sentimento de quase ter realizado o impossível (para mim). Prova
para AGU no final de março, assisto os vídeos de Financeiro, Ambiental,
Previdenciário, Direito Internacional Público e Privado, matérias que nunca
tinha visto na faculdade, resumos, e uma preparação com leis secas e resolução
da última prova na última semana. Prova cansativa, 1ª e 2ª fase no sábado e
domingo, como na DPU. A objetiva me pareceu horrível, questões difíceis. Mas os
vídeos, a base de doutrina, o gostar de olhar os sites do STF e STJ,
informativos, muita lei seca, um pouco de intuição, e uma força maior, em uma
prova de certo e errado (CESPE), duas erradas anula uma certa, fico com 115, no
ranking do CorreioWeb, consigo aprovação, esperança sem tamanho, sai o
resultado e estava classificado para inscrição definitiva e após 2ª fase
(correção posterior). Publicado o edital com as inscrições definitivas
deferidas e os eliminados, e acreditem, meu nome não constava, inscrição
indeferida, faltava um documento (é uma longa história), tristeza profunda,
ligo para meu irmão e me fala para continuar que um dia era a minha vez. Fiz o
recurso administrativo (aaahhhh o recurso).
Eliminado, e se avançasse a situação não era fácil,
a 2ª fase foi de matar. Grupo I: no parecer pedem sobre licitação e
entendimento do TCU (???? Não fácil ler STJ e STF quem dirá os informativos do
TCU), respondi tudo com a 8666/93, financeiro com conceito jamais visto (lei
antitruste nela), constitucional (ACP e controle de constitucionalidade),
previdenciário (auxílio-acidente para profissional liberal). Grupo II:
contestação pela ANTT em indenizatória com base no dano certo, incrível, mas
dias antes tinha feito uma inicial no escritório pelos mesmos fatos (buraco na
pista pedagiada) contra a ANTT (sabia todas as teses, o que dizer? Todas as
coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus: Rm 8:28), trabalhista
(embargos de divergência no TST, errei que o prazo era em dobro – fazenda
pública - eita), DIP (personalidade internacional), penal (natureza da pena de
multa e repasse: federal, estadual, juris. do STJ). Bom, dias antes do
resultado dos recursos administrativos e resultado preliminar na discursiva,
compro uns livros para a prova oral (mesmo eliminado e com uma 2ª fase impossível),
isso foi um exercício de FÉ. No grande dia abro o edital e o impossível começa
a acontecer. Inscrição definitiva deferida e recurso provido, vou para o edital
da prova subjetiva (intensas discussões no Correioweb, especialmente pela
possibilidade da severidade na correção do parecer), tinha esperança se a
correção fosse leve, mas começo vendo os primeiros nomes. Para ter uma ideia
segue as notas dos primeiros candidatos (ordem alfabética), sendo que o mínimo
era 120 para seguir a prova oral em Brasília: 75,26; 113.18; 137,63; 95.59;
113.15, por aí vaí. Foi desesperador o resultado, o temor havia sido
confirmado, severidade na correção, vou ao meu nome e vejo o inacreditável,
minha nota: 61.45 no Grupo I e 63. 04 no Grupo II e 124.49 no final, das quase 900
provas corrigidas apenas 149 avançam no resultado preliminar, e incrivelmente
eu estava confirmado rumo a Brasília (um sonho para mim no 9ª período da
faculdade). Foi um dos dias mais felizes da minha vida, sensação de ter
recebido um presente. Em Brasília, fico numa boa banca, após esperar quase sete
horas sentados, chego no local as 12:30 e respondo a arguição as 20:00 horas,
pressão, pouco de nervosismo, vejo candidatos excelentes, bancas de civil,
processo civil, constitucional e administrativo, vou mal no meu forte
(constitucional, sobre a AGU), e nota máxima no meu ponto fraco
(administrativo: declaração de inidoneidade e vinculação das esferas
administrativos, começo respondendo firme, com base na juris. do STJ e tal...
pois é tinha lido o informativo na noite anterior com a resposta, rsrs), subo
100 posições na oral. Mais uma luta na sindicância de vida pregressa em agosto
(só não perguntaram o nome do meu cachorro). Neste meio tempo, tinha passado na
1ª fase da OAB, mas rodei na 2ª fase (penal: memorias, errei a peça, e reprovo
por 0,5 ponto). Tristeza e uma situação delicada: com a AGU, mas sem a OAB,
nada de cargo de Procurador (desesperador, mas mantenho a força). Tenho
aprovação na primeira fase novamente na OAB, e faço o programa de formação da
AGU em novembro em Brasília (14 dias mais uma prova objetiva no final), volto e
em duas semanas faço a 2ª fase da OAB (agora administrativo, meu ponto fraco),
mais uma semana defendo minha monografia na faculdade e cuido das faltas para
não reprovar (foi tipo panela de pressão nesses dias). Aprovação na faculdade,
na AGU, dentro das vagas oferecidas, e no ultima dia 6 de dezembro vem a
aprovação na OAB (2 fase). O resultado foi em uma segunda-feira, estava em
Curitiba, na sexta à noite volta para minha cidade e sou recebido com uma festa
surpresa em casa por meus familiares, melhores amigos, pessoal da igreja, e uma
linda faixa na frente de casa com as vitórias, felicidade que não dá para
explicar.
Nesse final de 2010, início de 2011 passei por alguns
problemas pessoais que eram maiores, mas muito maiores do que eu poderia
suportar, mas não era maior que a palavra de Cristo (tudo é possível!!!).
Literalmente, não dá para explicar, foi algo arrasador, destruidor, pior do que
tudo que já passei, aniquilou a minha vida, o meu ser de um jeito que não gosto
nem de lembrar, só meus pais e esposa Géssica Araújo enfrentaram
comigo essa luta, a maior de todas; não posso deixar de fazer referência a
minha querida esposa (passou todos esses anos de estudos, decepções, tristezas
e alegrias sempre ao meu lado), pois a conheci poucos antes de entrar na
faculdade em 5/1/2006, noivamos em 2010, último ano do curso, e casamos em
8/7/2011 (nessa época percebia a incrível quantia de R$ 750,00 mensais como
advogado privado, imagina o aperto financeiro recém-casado, até meus móveis e
viagem de lua de mel foram doados por familiares e amigos).
Mais uma vez senti que tinha chegado ao fim, e também era
o fim do sonho de ser juiz federal. Em 2011 fiquei 6 meses sem estudar por
conta da superação dessa horrível fase, e lembro exatamente de uma certa tarde
onde decidi desistir do sonho (desistência real e séria). Sai do meu quarto
atordoado e fui para sala e liguei a televisão, e lá a vida muda novamente.
Estava passando um programa de uma igreja (não lembro qual), e a primeiro coisa
que ouço é o Pastor com o microfone falar (ipsis litteris): “Você que está em
casa, você que está me ouvindo, ouça o que vou te dizer agora: NUNCA, MAS NUNCA
MESMO DESISTA DOS TEUS SONHOS!!!” (paro por aqui, porque as lágrimas também se
fazem presente).
Volto a estudar com toda a força do mundo, só que agora
iria até o fim, não importa o que acontecesse mais.
Em novembro de 2011 passei em um teste seletivo da
Defensoria Pública do Paraná, e assumo assessor de estabelecimento penal na
minha cidade (cargo comissionado). As atribuições: entrevistar os presos das
cadeias públicas do litoral, fazer um cadastro e enviar para os futuros
defensores proporem as medidas cabíveis. Meu primeiro dia dá um filme de
terror, ou talvez de comédia, rsrsrs, chego com mais dois assessores na cadeia
pública da minha cidade e logo na porta um clima meio estranho. Apresentamo-nos
e falamos que estávamos ali para entrevistar os presos. De contínuo o policial
já avisa: hoje vocês não podem entrar, porque está tendo uma rebelião, e os
presos querem quebrar tudo. Nessa hora já chega a tropa de choque e vocês já
sabem o acontece.... Interessante que fiquei 15 dias nesse cargo e foram fortes
emoções, certo dia estava entrevistando alguns detentos, e o pessoal da civil
mandou: cancela, cancela, vamos ficar atentos agora, porque os presos estão
ameaçando outra rebelião. Estava dentro da cadeia e o pessoal: nós vamos
quebrar tudo, somos do PCC, era soco e chute na porta, paredes, e a minha
reação foi olhar exatamente a porta da saída para sair em disparada antes que
me pegassem como refém, rsrsrsrs, mas naquela dia eles se acalmaram (era só
emoção!!!). Nesse período tinha que acordar as 3 e meia da manhã para estudar.
Bom, sai em dezembro a minha nomeação para
Procurador Federal e posse em Brasília em 8/12/2011. Muito especial, familiares
e pessoas especiais presentes. Minha primeira lotação foi em Bagé/RS (50 Km do
Uruguai) e em seguida em Jacarezinho/PR.
Não paro minha preparação para o TRF, estudava até
no hotel antes de alugar casa na nova cidade, esperando a oportunidade para
iniciar os concursos de Juiz Federal. Como exercício de fé, escrevi o seguinte
trecho em 3/9/2012, as 5:18 (como eu lembro desse dia): “Neste final de semana
dias 11/12 de agosto de 2012 li duas verdades insofismáveis: ‘A vida com Cristo
é uma esperança sem fim. A vida sem Cristo é o fim da esperança’. ‘A vontade de
se preparar deve ser maior que a vontade de vencer. A vitória é consequência da
boa preparação’. Hoje é 3/9/2012, são 5:18 da matina, tenho trampo das 7 horas
da manhã as 7 horas da noite. Resolvi levantar mais cedo, pois é o primeiro dia
de preparação final para o XV concurso do TRF4. Não, não é fácil não. É tão
difícil, é tão sofrido, é inalcançável, é tão impossível, que resolvi deixar
nas mãos dAquele que vive para todo o sempre.”
Assim é a jornada, movida por desafios e dificuldades,
mas resolvi que o meu combustível seria a fé.
Começam a abrir os concursos dos TRF’s (tribunais
regionais federais):
- TRF4-2012/2013 (PR, SC, RS):
Esse concurso sempre foi muito esperado por mim, pois é a
minha região, embora sinceramente, meu objetivo era ser aprovado, em qualquer
canto do mundo. Fiz uma preparação bem específica, antes de publicar o edital
consegui fazer um estudo base bem forte de doutrina, com resumos/livros
grifados. Publicado o edital em setembro/2012 faço um resumo de todas as
matérias, leio as principais leis secas e INFO dos dois últimos anos do
STJ/STF, com em dezembro/2012. Consegui avançar na objetiva, que foi bem
pesada. Na subjetiva, 50% das questões foram humanística (psicologia jurídica e
filosofia do direito). Consegui 6,11 e avançamos para as sentenças. As
sentenças do TRF4 são algo fora do comum, fora de qualquer prova que possam
imaginar (apenas acessem no site do TRF4 e deem uma olhada). Só para ter uma
ideia só a proposta da sentença cível tinha 7 laudas e a proposta da sentença
penal tinha 9 laudas. Tudo para resolver em 4 horas (cada uma). A sentença
cível desse concurso foi sem dúvidas nenhuma a prova mais difícil que fiz na
vida, e a prova mais difícil que já tomei conhecimento. Era uma reintegração de
posse da Petrobrás contra vários réus, inclusive a União e o Estado de Santa
Catarina. Havia oposição, duas denunciações da lide, intervenção de terceiros
para todo lado, pedido de usucapião em reconvenção, tudo e mais um pouco. A
sentença penal tinha 6 réus, vários crimes complexos (lavagem, corrupção,
quadrilha, etc.). A aprovação era algo impensável, pois se tratava do meu
primeiro concurso de juiz federal. Mas o impossível para Ele é nada, e consigo
6,2 na sentença cível e 6,95 na sentença penal. O sonho estava perto de se
realizar, mas não era a hora. Fui eliminado na inscrição definitiva por ter 2
anos, 9 meses e alguns dias de atividade jurídica (exige-se 3 anos), há 5 dias
da prova oral. Foi arrasador, uma tristeza sem tamanho, impetrei MS, mas não
foi concedida nem a liminar, nem a segurança. Isso em setembro de 2013!!! Ali
poderia ter acabado o sofrimento, e o sonho concretizado.
- TRF2-2012/2013 (RJ, ES):
Era o segundo concurso, concomitante ao TRF4. Fui
aprovado na incrível 13º colocação na prova objetiva (mais de 4 mil candidatos
inscritos). Mas caí em uma pegadinha na questão de tributário (IPI, imposto
indireto, ilegitimidade do contribuinte de fato) e reprovei com 4,55 (pior que
eu sabia a questão...). Busquei em Deus se devia recorrer, e senti que não era
para pensar mais neste concurso, mas me inscrever no próximo (decidi confiar e
não recorri, e o impossível aconteceu nesse próximo concurso do TRF2).
- TRF5-2012/2013 (Nordeste):
Também foi realizado conjuntamente com o TRF4 e TRF2, foi
um concurso bem difícil também. Fui aprovado na objetiva (25º colocado),
avancei em 13º na subjetiva. Para a sentença cível estavam aprovados apenas 80.
Mas reprovei nesta sentença cível, com 4.82.
TRF3-2013/2014 (SP/MS): A prova objetiva foi em agosto de
2013 e mais uma vez avançamos para a segunda fase, realizada em outubro. Passei
na subjetiva (dissertativa), passei na sentença penal com 8,5, mas fiquei na
sentença cível com 5,0. Eu sabia quase tudo da sentença cível (tema:
reintegração de posse em faixa de domínio/área não edificante de rodovia
federal), pois havia defendido o DNIT pela AGU em caso muito semelhante. Mas no
dia da prova aconteceu um fato minutos antes de distribuírem as provas e
resolvi alterar um pouco a linha de raciocínio (detalhes por email, quem fez
essa prova sabe o que aconteceu). Bem dolorida essa reprovação.
- Ministério Público Federal (MPF)-2013/2014
(Nacional):
Não era meu foco, mas o cargo de Procurador da
República é extraordinário. Como não sei, mas fiz uma preparação de um mês
focado para o MPF e avancei para a segunda fase. Mas caiu na mesma data do
TRF3/TRF1 e escolhi fazer os TRF’s. Resultado: não fiz a segunda fase do MPF e
reprovei nos TRF 3 e 1!!!
- Um esclarecimento aqui: em setembro de 2013 eu
estava: aprovado para a prova oral do TRF4, aprovado para a sentença cível do
TRF5, na segunda fase do TRF3 e do MPF. E pouco tempo depois estava eliminado
de todos esses concursos. Dá para imaginar o sentimento de frustração!!!
- TRF1-2013/2014 (DF, MG, Centro-oeste, Norte):
A prova objetiva era no dia seguinte à segunda fase
do TRF3. Não consegui fazer uma preparação adequada que sempre faço para as
objetivas, e reprovei por duas questões. Ingressei com ação judicial, e com
liminar fiz a segunda fase. Mas a questão de civil, que pedia para discorrer
sobre o prazo de extinção do usufruto pelo não uso (!!!!), derrubou este
concurseiro. Não era para ser mesmo.
- TRF2-2014/2015 (RJ/ES): A TÃO SONHADA APROVAÇÃO!!!
Como havia dito a pouco, não recorri da eliminação
na primeira prova escrita do concurso anterior, e resolvi me inscrever
novamente neste concurso. Fiz a prova objetiva na Gávea (que lugar
maravilhoso!!!) e aprovado na 6º colocação (5 mil candidatos inscritos). Na
segunda fase eram dois dias, com sentença cível no primeiro e sentença penal no
segundo. Provas difíceis e específicas. Saí com a sensação de não ter feito boa
prova, em especial, no primeiro dia. E de fato, saiu o resultado da sentença
cível e estava lá eu eliminado com 5,68. Pois dessa vez senti que era para
recorrer, e assim o fiz. Mas mesmo com o recurso havia ainda a sentença penal.
Seria muito difícil um provimento no recurso, e ser aprovado na sentença penal
e questões do segundo dia. Mas, mas creia e veja o milagre. Eles liberaram
antes do recurso da primeira prova o resultado da segunda prova escrita, e
estava aprovado com 6,55. Duas semanas depois seriam divulgados os resultados
de todos os recursos. Antes dos recursos apenas 14 candidatos foram aprovados.
A esperança estava forte, as orações, o clamor, e a minha voz foi atendida, no
dia de 26 de novembro de 2014 meu colega envia um email: Parabéns João!!! Teu
recurso foi provido!!! Lágrimas, emoção, e sigo para a prova oral. Dessa vez
não tinha nenhum problema na inscrição definitiva e minha prova oral foi
marcada para o dia 22/1/2015, as 14:00 horas. Passei o final de ano de férias,
mas estudando forte, só parei para a ceia de natal, e o ano novo. Nos demais
dias, estudo e mais estudo, simulado no Skype e mais simulado. Chego no
plenário do TRF2 com as 24 horas de antecedência para sorteio do ponto da
arguição. Antes de rodar a urna com as bolinhas falei para os outros dois
candidatos do meu turno: quero a bolinha 8, quero a bolinha 8 (pois era o ponto
mais curto). E dentre os 15 pontos, caiu a bolinha 8!!! Já sentia que o grande
dia estava próximo. Vou com minha esposa e filha para imprimir o ponto (em
torno de 278 páginas para ler em um dia), e em seguida para o hotel. O estudo
das 24 horas é muito tenso, pois você não consegue ler tudo, e começa a ficar
com receio do examinador te perguntar exatamente aquilo que deixou de ler. Lá
pelas 10:00 horas da manhã a ansiedade começou a bater forte, e um pouco de
nervosismo, a concentração já tinha ido para o espaço, e não conseguia estudar
direito (e você pode se perguntar: porque nervosismo? Só porque 9 anos de
estudo e uma vida podem se resolver em uma hora de perguntas e respostas?
Bobagem). Bato um lanche no quarto e as 13:00 visto o terno e vou para o TRF2.
Começa a prova do primeiro candidato (já aprovado no TRF1, jogando toda uma
pressão na minha prova, rsrsrsrs), e vou para a famosa sala do confinamento
(conhecido pelos candidatos como sala da tortura). Termina a primeira prova e
os servidores me encaminham para o plenário. Muita gente na plateia, inclusive
minha esposa e filha. Sento na cadeira e o examinador começa a arguição, faz
breve referência ao meu atual cargo de procurador federal, e diz que devo
conhecer muito de direito administrativo, primeira matéria da arguição. Passam
todos os cinco examinadores (com várias perguntas difíceis, e outras que não
tinha estudado). Volto para a sala do confinamento para esperar a última
candidata do meu turno. Finalizada a prova, volto ao plenário para divulgação
das notas. Isso mesmo, olho no olho, na frente de todo mundo. Um dos candidatos
nos leva para o meio do plenário para ouvir as notas. Coração, emoção, e tudo
que possa imaginar. O Presidente da Banca inicia: declaro reaberto dos
trabalhos do XV Concurso de JFS e informo que todos os candidatos foram
aprovados. Olhei para o céu com um sentimento indescritível e nos abraçamos no
plenário, todos batem palma. Foi um dos dias mais extraordinários da minha
vida, algo que palavras não descrevem, todos esses 9 anos de estudos, de muitas
derrotas, tristezas, angústias, e a aprovação estava ali, concretizada,
realizada, para sempre.
Enfim pessoal, faria tudo de novo para viver o que
senti na aprovação. Valeu a pena cada segundo de estudo, cada derrota, cada
queda nesta longa caminhada. A palavra de ordem é acreditar que um dia o
objetivo será atingido. Uma passagem conhecida nos exorta que aquele que pede
recebe, quem busca encontra e quem bate abre todas as portas. Alguns dos nossos
objetivos exigem apenas pedir e caminhar, outros temos que buscar, alguns deles,
e o sonho da magistratura federal foi o exemplo perfeito, exigiu que eu
batesse. Jesus bateu na porta do meu coração e eu abri para Ele entrar e
transformar a minha vida para todo o sempre (aliás, Ele ainda está batendo nas
portas de muitas vidas). Da mesma forma você terá que pedir, buscar e bater, e
te digo que vais receber, vai encontrar, enfim, o teu sonho você vai realizar.
Finalizo esse testemunho com um trecho de uma música que descreve bem a minha
vida:
“Aquilo que parecia
impossível
Aquilo que parecia
não ter saída
Aquilo que parecia
ser minha morte
Mas Jesus mudou
minha sorte
Sou um milagre e
estou aqui” (Voz da Verdade)
- Dicas
para concurso
Bom, o que
falarei serve que para quem é normal, mediano, pois assim que sou, esforçado,
dedicado, com disciplina. Existem e conheço alguns concurseiros que são gênios
do conhecimento jurídico, do tipo de estudar cinco meses e passar no MPF e TRF
junto. Eu não sou essa pessoa, os gênios são exceções, e eles não tiram vaga de
ninguém.
- A
faculdade:
- não aprova
ninguém.
- é
necessário fazer uma excelente faculdade, não a instituição, você mesmo fazer
de forma excelente o curso de direito.
- estudo
para concurso na faculdade? Depende de cada um, eu creio que tem que se dar
importância primária às disciplinas cursadas, e podendo realizar as provas de
concurso para estar sempre no ritmo, estudando em especial nas férias.
- O
concurso:
- é
requisito para o acesso aos cargos públicos.
- é uma
competição, onde vence quem está mais preparado.
- é um
desafio para gigantes, para quem é vencedor. Guerreiros vencem, mas perdem
muitas batalhas também.
- é uma
especialização do direito, para quem almeja as carreiras jurídicas
(procuradorias, MP, DP, magistratura). É como fazer uma pós-graduação,
mestrado, você se especializa em concursos públicos.
-
Trabalhar ou fazer estágio pode atrapalhar?
- desde
que seja na área jurídica, de maneira alguma. O estágio/trabalho te ajuda a
pensar, a viver o direito, é extremamente importante, em especial, nas
subjetivas.
- lembre-se que na prova subjetiva o examinador quer que você apresente uma
solução a um conflito de interesses, o que é muito mais fácil quando se atua
com o direito vivo.
-
Estudando para concurso público
- É
preciso saber razoavelmente de tudo, e em algumas matérias saber tudo (vide
abaixo);
- Cursinho é necessário? Não fiz nenhum curso pra a magistratura federal,
exceto as rodadas objetiva, subjetiva e sentenças da Emagis e o simulado para a
prova oral do Ênfase. Entendo que cursinho é necessário apenas quando:
a) se não
se fez uma boa faculdade;
b) está há
muito tempo sem estudar;
c)
determinadas disciplinas que se têm mais dificuldades.
- Quantas
horas de estudo são necessárias? As que você tem disponível. Também muito
pessoal, varia de pessoa para pessoa. Eu estudei na faculdade em média de 3
horas líquidas por dia, depois aumentei para umas 6 horas líquidas diárias, e
no último ano entre 4/5 horas diárias, em média de 26/30 horas por semana
(sempre de segunda a sábado, não estudo domingo, e isso é essencial). Uma coisa
é certa, eu poderia ter estudado algo em torno de 7/8 horas líquidas por dia,
em média de 50 horas por semana. Mas não estaria agora escrevendo essas dicas
para vocês, certamente teria desistido logo no início, pois concurso público é
PROJETO DE VIDA A MÉDIO/LONGO PRAZO, é MARATONA, não é corrida de 100 metros.
Já perceberam como o maratonista enfrenta a prova? Posso te dizer que em um
ritmo não acelerado, mas constante, acelerando mais próximo ao final da
corrida, diferente do corredor de 100 metros, que é explosivo, mas de curta
duração. Concurso público é acima de tudo amadurecimento, não simples
acumulação de conhecimento.
- Como estudar: sempre em lugar isolado (é isso mesmo, vida de concurseiro é
solitária, triste e difícil, sem exageros, é ser antissocial). Eu alterava
entre sentado em uma cadeira (tem que ser confortável, e indico a gastar uma
grana com mesa e cadeira) ou deitado no sofá, cama, até na rede já estudei
(aliás, já estudei no ônibus, no avião, na rodoviária, no aeroporto, em véspera
de natal, feriado então era só para estudar, férias, etc.).
- Quantos dias por semana: sempre de segunda a sábado. Não estudo domingo, pois
ter um dia para esquecer o mundo dos concursos é importante. Dia para estar com
a família, atividades pessoais, descansar, etc. Estudava feriados, pois no
domingo parava. Férias tirava para estudar, mas umas duas ou três vezes por ano
fazia uma semana ou duas de descanso, para retomar o fôlego (lembre-se é
maratona!!!).
- O que
estudar – tripé da aprovação
-
Primeiro, ser curioso com o direito. Sempre nos sites de tribunais (STF, STJ,
TRF), blog jurídicos (indico o Vitorelli Diniz, Bruno Barros, Direito Federal,
Eduardo Gonçalves, João Paulo Lordelo, etc.).
-
Doutrina: sempre os mais indicados para concurso, escolhendo aquele que você se
sentiu mais adaptado.
-
Jurisprudência: são os informativos e notícias no site. Sites do espaço
jurídico, EBEJI e saber o direito. Em especial para quem pretende ser juiz.
- Lei e CF seca: não tem como fugir, é 70% da prova objetiva.
-Bibliografia
É PESSOAL, não existe bibliografia certa ou errada, o que eu fiz foi ver as
dicas do pessoal aprovado, dar uma folheada nos livros e ficar com aqueles onde
a leitura fluiu mais para mim (cada um é cada um). Mas segue a bibliografia que
utilizei (não quer dizer que li tudo):
Constitucional:
Gilmar Mendes, Pedro Lenza, Alexandre Moraes;
Administrativo (no mínimo dois autores): José dos Santos Carvalho Filho, Celso
Antônio, Rafael Oliveira;
Tributário
(no mínimo dois autores): Ricardo Alexandre, Alexandre Rossato (grifei meu
livro, e revisei umas oito vezes), Kioshi Harada, Leandro Paulsen (três livros:
Curso de Direito Tributário, Impostos (li só os impostos federais) e
Contribuições, muito bom esses livros);
Civil:
Flávio Tartuce (Manual), Sebastião de Assis Neto (Manuel da Juspodivm), coleção
do Cristiano Chaves de Farias;
Processo
Civil: Fridie Didie Jr., Marinoni, Humberto Theodoro Júnior, Marcus Vinícius
Rios Gonçalves;
Penal:
Rogério Greco (demais), Luiz Regis Prado, Fernando Capez (Parte Geral) + José
Paulo Baltazar Jr. (Crimes Federais, essencial);
Processo
Penal: Norberto Avena; Paccelli; Renato Brasileiro; Victor Eduardo Rios
Gonçalves;
Previdenciário:
Frederico Amado (perfil concurseiro);
Empresarial:
André Luiz Santa Cruz Ramos, Fábio Ulhoa Coelho;
Internacional:
Paulo Henrique Portela (sem dúvidas), Rezek;
Ambiental:
Anderson Furlan, Frederico Amado (perfil concurseiro);
Financeiro:
Regis Fernandes de Oliveira;
Econômico:
Lafayete Josué Petter (verbo jurídico);
Consumidor:
Cláudia Lima Marques;
Sentença
Cível: Nagibe Neto, Alexandre Henry Alves;
Sentença
Penal: José Paulo Baltazar Jr. (esse é bão heim);
Humanística:
aqui o problema é enorme, apenas posso indicar o livro de Filosofia do Direito
do Paulo Nader, de resto, é cada um por si e Deus por todos.
- Vide a abaixo quais matérias deve-se adotar mais de um doutrinador.
- Como estudar/técnicas
- Técnica do resumo: é a melhor sem dúvida, mais toma muito tempo.
- Técnico
do grifo: tem que saber grifar. Não pode ir grifando tudo. Ler primeiro e
depois grifar. Fazer breves apontamentos para a releitura.
- Técnica
de leitura dinâmica (ler com explosão, 50/60 páginas por hora): importante para
a reta final e provas orais.
- Prova
oral: é importante treinar com amigos (presencial) ou via Skype (fiz via Skype,
pois moro no interior, do interior, do interior).
- Grupos
de estudos, com participantes focados e interessados, são valiosos. Mas
cuidado, eles também podem atrapalhar se não estiverem comprometidos.
-
Resolução de questões é importantíssimo.
- REVISÃO: aqui está a “alma do negócio”, sem revisão meu amigo concurseiro, a
tua aprovação está longe, bem longe.
- Como
estudei
- Bom,
para TRF/MPF deve-se estudar sempre para segunda fase, pois é onde as coisas
realmente apertam profundamente.
- Existem
duas formas de estudo: sem edital e com edital:
SEM EDITAL: tem que formar teu próprio material de resumo com estudo pesado de
doutrina base. Aqui levam dois anos no mínimo, com uma doutrina de cada
matéria, fazendo o TEU PRÓPRIO RESUMO, grifando, resumindo, do jeito que
preferir. Depois vai revisar tudo isso;
COM
EDITAL: aqui continua a revisão das matérias, uma semana por matéria, ou do
jeito que preferir, mas tem que ler tudo nos 3 meses do edital. Tem que fazer
questões objetivas toda semana, eu indico a emagis.
No mês da
prova apertava com lei seca e informativos do dizer o direito. Aqui é bom
comprar os livros dele e tentar ler todos os resumos de INFO dos 2 ultimos
anos.
No sábado eu lia TODAS as súmulas separadas por assunto do livro do dizer o
direito e a revisão de véspera dele.
Na segunda
fase, é esquecer lei seca, e ficar revisando doutrina do teu material e estudar
a banca, o tribunal da prova e revisar os INFO.
Em suma,
digo que no geral eu estudei 85% de doutrina, 10% de INFO e 5% de lei seca.
Aperto lei seca e INFO perto da prova objetiva, E SOMENTE!!!!!!!!!!!!
- As matérias chaves
Para a
prova objetiva tudo é importante por igual. Agora, na segunda fase, onde a
coisa aperta de verdade, seguem algumas considerações:
TRF: tem
que dominar, saber tudo e mais um pouco em Administrativo, Tributário e
Processo Civil. Essas duas primeiras eu indico fortemente que vocês adotem dois
livros de doutrina pesada. Tem que saber bem, mas bem mesmo: Constitucional e
Civil. As demais têm que saber também, mas essas que me referi são a chave do
sucesso.
AGU: Administrativo, Constitucional e Processo Civil.
MPF:
depende muito da banca. Sendo que nos últimos: Constitucional, Administrativo,
Internacional, Humanos, Civil, Penal e Processo Penal.
-
Realizando as provas de concurso público
- Provas
objetivas: muita leitura de lei seca e resumos, com informativos e resolução de
questões objetivas.
- Provas
subjetivas:
- estude
sempre para esta fase, alterando o estudo apenas quando é publicado o edital ou
algumas semanas antes.
- escreva
o que sabe e o que não sabe também. Na minha prova da AGU não sabia a questão
de direito econômico, mas escrevi tudo o que podia e foi a minha maior nota na
subjetiva.
- estudar o examinador nas provas de magistratura, fundamental, sempre cai o
que o examinador escreve.
- Provas
de sentenças: tem que treinar, treinar e treinar. Fiz as rodadas da Emagis
(todo sábado fazia uma sentença, nas condições das provas, ou seja, consultando
apenas a legislação seca). Não tem outro segredo a não ser o treino e ler
várias sentenças.
- Prova
oral: o grande desafio. Se chegou aqui é porque tem totais condições de tomar
posse. Algumas dicas: na frente do examinador seja respeitoso, mas não
amedrontado, nervosismo é natural. Não se mostre inseguro. Acerte ou erre com
100% de certeza. Aceite a crítica. Nunca critique o examinador. Não fique
fazendo citação de autores. Você é quem conhece o direito. Maiores detalhes
vocês vão saber nessa fase.
- Vale a
pena recorrer?
- não
preciso dizer mais nada, só fui aprovado na AGU e no TRF2 porque recorri!!!
Recurso é fase do concurso, recorra sempre e sempre.
- Quando a
aprovação vem?
- não se
preocupe, não se desespere, ela vem na hora certa.
- Dica de ouro:
Dica do
primeiro colocado no XIV concurso de Juiz Federal da 4ª Região: tente estar
motivado o maior tempo possível na sua preparação, pois a aprovação vem após
aquisição do conhecimento mínimo necessário para resolver as questões de prova.
Eu vou além, ESTUDE MESMO SEM MOTIVAÇÃO, TRISTE, DEPRIMIDO, COM SOM, COM CHUVA,
COM VITÓRIA, COM DERROTA, APENAS ESTUDE, pois entendo que é extremamente
complicado estar motivado em todos os momentos por muito tempo, em razão das
reprovações, dificuldades, sacrifícios para estudar, etc.
Estude quando tiver nada mais importante para fazer. Mas lembre-se que poucas
coisas serão mais importantes do que estudar (palavras do Edilson Vitorelli).
Essa fase de sua vida é passageira, é curta, mas vai de gerar satisfação para o
resto da vida.
Por fim, estude até que a posse os separe (em termos é claro, o estudo é
importante até o fim da carreira, e depois dela também, ter cultura é bom).
- Elemento
de suporte, de apoio, de força, de motivação
Todos nós precisamos desse elemento surpresa, específico, particular, que para
mim é DEUS, a presença de Jesus Cristo, que nunca me abandonou, nunca me deixou
desistir, nunca esqueceu os meus sonhos.
Para
qualquer dúvida ou assunto, segue meu contato: “augusto_ca88@yahoo.com.br”.
JOÃO
AUGUSTO
Bons estudos a todos.
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Parabéns, João! E obrigado por compartilhar sua história de sucesso. A vida sofrida do concurseiro precisa de estímulos assim! Que Deus continue iluminando sua caminhada!
ResponderExcluirParabéns João! Digno de honra! Não tenho tamanha perseverança.
ResponderExcluirSó a Fé explica tanta persistência! Parabéns! Trajetória emocionante!
ResponderExcluirMuito obrigada por compartilhar sua história conosco!!! Parabéns pelo sucesso e por sua trajetória!! Felicidade!!!
ResponderExcluirUau! Era tudo que eu precisava.. Chorei muito lendo sua história! A minha não se compara a 1%.. aliás, nesse momento estou percebendo o quanto sou desmotivada por nada..! Orei para Deus, enxuguei as lágrimas e vou continuar firme e forte! Obrigada pelo seu depoimento! Que Deus abençoe muito você na função de juiz!
ResponderExcluirOi joão, Parabéns pela Aprovação. Mas meu parabéns vai acima de tudo pela coragem e sinceridade no seu depoimento de vida doída, porém com persistência em acreditar na vitória.Me encontrava caído e derrotado, mas hoje renasço para vida e para os estudos com fé em Jesus Cristo eu chegarei lá, mesmo que demore muito tempo eu estarei lá e quando lá estiver voltarei a postar uma mensagem de agradecimento por esse dia. Que Deus de proteja todos os dias de sua vida e que suas decisões tenha a benção do PAI.
ResponderExcluirOi joão, Parabéns pela Aprovação. Mas meu parabéns vai acima de tudo pela coragem e sinceridade no seu depoimento de vida doída, porém com persistência em acreditar na vitória.Me encontrava caído e derrotado, mas hoje renasço para vida e para os estudos com fé em Jesus Cristo eu chegarei lá, mesmo que demore muito tempo eu estarei lá e quando lá estiver voltarei a postar uma mensagem de agradecimento por esse dia. Que Deus de proteja todos os dias de sua vida e que suas decisões tenha a benção do PAI.
ResponderExcluirOi joão, Parabéns pela Aprovação. Mas meu parabéns vai acima de tudo pela coragem e sinceridade no seu depoimento de vida doída, porém com persistência em acreditar na vitória.Me encontrava caído e derrotado, mas hoje renasço para vida e para os estudos com fé em Jesus Cristo eu chegarei lá, mesmo que demore muito tempo eu estarei lá e quando lá estiver voltarei a postar uma mensagem de agradecimento por esse dia. Que Deus de proteja todos os dias de sua vida e que suas decisões tenha a benção do PAI.
ResponderExcluirJoão, parabéns pela aprovação.
ResponderExcluirPela sua longa experiência em concursos, poderia me dizer se há uma idade limite a partir da qual os examinadores começam a olhar torto ou com desconfiança?
Pergunto porque já ouvi a esse respeito e gostaria de tirar essa dúvida.
Abraço!
TC.
Desculpe, não sou o João mas gostaria de sugerir que você afastasse esse pensamento, senão ele te bloqueia. Pense apenas em fazer o seu melhor. Boa sorte, e sucesso!
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirPq foi removido? Perseguição religiosa???
ExcluirUma coisa que ficou clara para mim :talvez o concurso de analista possa ser mais pesado que os concursos jurídicos, por causa das disciplinas básicas! Sabias palavras! Parabéns pela Vitória!
ResponderExcluirMotivação para recomeçar! Me senti abençoada por este testemunho!
ResponderExcluirConfesso que quando comecei a ler pensei: mais um relato de um CDF que vai contar quantos concursos passou em 1º lugar. Surpreendente o depoimento e a humildade de compartilhar também as derrotas. Identifiquei-me em muitos pontos. Que Deus o proteja sempre, juntamente com sua família.
ResponderExcluirAdmirável João, assim como muitos, também fui às lágrimas com seu testemunho e me identifiquei em muitos aspectos. Sou analista do Judiciário Estadual, estudo pra magistratura e muitos milagres já aconteceram comigo pra que eu chegasse até aqui. Alguns conseguem grandes conquistas sem recorrer a Deus. Quanto a mim, reconheço, com toda humildade, que sem Ele jamais conseguiria e jamais conseguirei qualquer coisa. Para aqueles que não creem (registro meu incondicional respeito), seu testemunho serve como exemplo de persistência, de disciplina e como um excelente conjunto de dicas para a preparação e para a aprovação. Para os cristãos, sejam evangélicos ou católicos, assim como eu, seu testemunho, além de ajudar na preparação do estudo, também evangeliza e revigora nossa fé. Muito Obrigado por ter compartilhado sua história. Deus te abençoe sempre.
ResponderExcluirParbéns. Obrigado por compartilhar sua vitória conosco. Você merece!
ResponderExcluirNossa!Que estória inspiradora,forte e digna de um vencedor.Obrigada por compartilha-la conosco.
ResponderExcluirLeitura certa e na hora certa. relato bastante inspirador.
ResponderExcluirJoão,
ResponderExcluirSua história é incrível e comovente. A simplicidade e a espontaneidade por trás das suas palavras torna impossível não sentir empatia e respeito por toda essa trajetória longa e cheia de dificuldades.
Mais uma prova de que sacrifícios não são fáceis, mas sempre rendem frutos. Na minha visão, o mais admirável é você ter assumido essa postura tão madura ainda muito jovem.
Parabéns por tudo.
Sua história é inspiradora e edificante! Parabéns! Melhor que qualquer coaching!
ResponderExcluirSensacional! Já li algumas dezenas de vezes, enquanto crio coragem! Que Deus honre seu esforço e determinação! Muito inspirador! Maria Amélia
ResponderExcluirParabéns pela sua história. Muito inspiradora! Deus sempre em primeiro lugar!
ResponderExcluirParabéns João pela linda história... Você conseguiu emocionar e inspirar muitos com sua determinação e perseverança. Parabéns.
ResponderExcluirChorei...lindo, toca na alma pela fé, sinceridade e garra.
ResponderExcluirA força vem DEle.
Também quase choro.
ExcluirOi João. Estou feliz por ser lembrado no seu testemunho! hehe .. Sou um daqueles assessores da defensoria, o Marcos. Quero dizer pra todos os que leram que, quando o conheci e soube que ele já aguardava a nomeação pra AGU, não entendi o que um cara como esse fazia naquele lugar ... Qualquer um estaria descansando já satisfeito pela grande conquista. Mas agora, depois de ler isso tudo, entendo melhor a fonte da tua motivação e garra. Parabéns João por nunca ter descansado até chegar ao seu almejado objetivo. Felicidade camarada !!!
ResponderExcluirJoão, emocionei-me bastante com seu depoimento. Percebi que posso também chegar lá. Pela primeira vez li que para fechar o edital são necessários 2 anos de estudo e já estava preocupada, pois a maioria dos depoimentos que li contam que fecham o edital em 6 meses :P
ResponderExcluirObrigada por compartilhar suas dores e vitórias.
Que Deus conserve você sempre com humildade no coração.
Parabéns!!
Bom dia João, quero apenas lembra-lo, tenho um processo na 12º vara para você julgar, é mandado de segurança e está parado desde maio, está demorando será que pode ter sido extraviado, desde já agradeço a atenção.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirParabéns! a jornada é solitária, fria e exaustiva, mas o sucesso recompensa.
ResponderExcluirO depoimento mais lindo que já li, chorei lendo, mas tenho certeza que grande são os propósitos de Deus para a sua vida, obrigada!
ResponderExcluirEu sempre volto aqui para ler este relato lindo, primoroso, tremendamente inspirador.
ResponderExcluirCaro Dr. João Augusto, parabéns pela sua perseverança. Você é, de fato, um Exemplo a ser seguido. Obrigado por compartilhar sua história e nos inspirar (e emocionar, pois não foram poucas as lágrimas ao lê-la) a acreditarmos e buscarmos o nosso sonho. Tenho certeza que o Mestre dos Mestres (Cristo) está muito orgulhoso pelo testemunho de sua vida. Que o você continue brilhando e levando essa boa nova (esperança, acreditar) a todos quantos lhe forem possíveis. Um grande abraço!! Bruno Amaral
ResponderExcluirCaro Dr. João Augusto, parabéns pela sua perseverança. Você é, de fato, um Exemplo a ser seguido. Obrigado por compartilhar sua história e nos inspirar (e emocionar, pois não foram poucas as lágrimas ao lê-la) a acreditarmos e buscarmos o nosso sonho. Tenho certeza que o Mestre dos Mestres (Cristo) está muito orgulhoso pelo testemunho de sua vida. Que o você continue brilhando e levando essa boa nova (esperança, acreditar) a todos quantos lhe forem possíveis. Um grande abraço!! Bruno Amaral
ResponderExcluirO depoimento mais incrível que já vi. Obrigada!
ResponderExcluirSempre volto aqui pra ler esse depoimento! Sem explicação, parece ser sempre a primeira vez que o leio... inspirador... sempre!
ResponderExcluirPessoas como o senhor que nos da ânimo para continuar acreditando que é possível ser aprovado no concurso da magistratura.
ResponderExcluirFico lendo esses relatos e fico imaginando como esse pessoal consegue apreender tantos conteúdos! Faço para analista e fico desesperada! É muita abnegação mesmo! É muita força! Que Deus os abençoe sempre na missão, ao qual foram incumbidos!🙌🏼🙏🏻🙏🏻
ResponderExcluirIsso e um verdadeiro roteiro de um filme, perfeito Parabéns emocionante e inspirador.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJoão, a primeira vez que li seu depoimento eu estava iniciando a faculdade, a partir desse momento tive a certeza que a magistratura é o caminho.
ResponderExcluirConfesso que ainda falta muito para atinguir tal proeza, mas nos momentos que a preparação/ cobrança parecem insuportáveis eu sempre busco conforto nesse depoimento e em Deus.
Muito obrigado por compartilhar essa história de vida!
Nossa! Que história de força, dedicação...eu adorei! Eu chorei em vários momentos do texto! Parabéns pela dedicação, pela força...só ajuda a gente a não deixar para amanhã e começar agora! parabéns!
ResponderExcluirCARA, EU TE AMO! EU TE AMO!
ResponderExcluirBelíssima Vitória! exemplo de garra, determinação!
ResponderExcluirFaço uma pergunta ao administrador desta página a respeito do concurso de Juiz Federal. Recentemente assinei um curso preparatório para concursos públicos, já que eu não tinha condições de arcar com o preço da preparação para o concurso de Juiz Federal. Assim, optei por estudar para analista, sendo que tenho acesso a outros cursos dentro da plataforma. Escolhi analista por ser mais difícil, e com a esperança de estar preparada para o concurso de Juiz Federal. A pergunta que faço é a seguinte,estou mesmo me preparando para o concurso que almejo? ou me iludindo, achando que estudando para analista estarei preparada ao menos para as provas objetivas do concurso de minha escolha.
Vossa Excelência Dr. Joao Augusto, Nossa, quanta inteligência, humildade, resiliência. Parabéns! Já sou seu admirador! Alexandre
ResponderExcluir