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OS NÃO QUE RECEBEMOS - PERSISTÊNCIA É A CHAVE PARA A APROVAÇÃO
Olá gente bom
dia.
Ontem uma
seguidora me enviou uma mensagem dizendo que se sentia frustrada por, até
agora, não ter conseguido uma estágio.
Então me
lembrei da minha saga para conseguir um estágio e vou contar a vocês.
Eu queria
porque queria estagiar no MPE da Comarca de Joaquim Távora, então perdi toda a
vergonha na cara e fui me oferecer ao promotor para trabalhar de graça. Isso em
2008 se não me engano. Bati na porta do Dr. Felipe Lamarão e pedi o estágio
voluntário.
RESPOSTA: NÃO.
Deixei meu currículo e nunca foi chamado.
Quando o
promotor foi removido, fiquei sabendo que outra promotora chegaria, Dra Leda
Barbosa, e nos primeiros dias dela na comarca fui novamente no gabinete e pedi
para trabalhar sem remuneração novamente, quando ela prontamente me disse
SIM.
Comecei no dia
seguinte, e me apaixonei pelo trabalho e pelo MP.
O que isso
significa?
Que nossa vida
é feita de muitos NÃOs, mas também alguns SIMs que vão transformá-las por
completo.
O meu primeiro
NÃO serviu para me mostrar que eu era apenas mais um acadêmico procurando
estágio.
Na época eu
estava todo me sentindo por estudar em uma faculdade pública, e esse NÃO serviu
para me mostrar que eu não era melhor do que ninguém e que o fato de eu estudar
em uma pública não me serviria para NADA (como não serviu).
O importante
mesmo é tentarmos tirar algo positivo do NÃO, seja ele uma recusa de emprego,
seja ele uma reprovação. Eu apliquei isso em minha vida. Busquei tirar lições
de cada uma das minhas reprovações.
Aliás, já escrevi o seguinte sobre minhas reprovações:
Muita gente me pergunta se eu já reprovei em concursos
[...]
E a resposta é: ÓBVIO!
Não conheço nenhum concursado que tenha passado
em concurso para carreira fim sem nenhuma reprovação. Hoje vou falar para vocês
das minhas reprovações. Isso mesmo vou falar de reprovações:
A primeira reprovação: Analista e Técnico Judiciário do TRF4. Estava no
início da terceira série do curso de direito. Para técnico nem fiquei
classificado. Para analista, fiquei em 169 na lista geral da quarta região.
Faltou muito pouco para a lista chegar em mim. Direito Administrativo me tirou
as chances de aprovação.
Dessa prova tirei uma lição: NINGUÉM PASSA EM CONCURSO SE NÃO
SOUBER DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITO ADMINISTRATIVO.
A segunda decepção veio ainda no mesmo terceiro ano
da faculdade. Era estagiário na PRM Jacarezinho e queria a vaga de técnico do
MPU de lá. Resultado fiz a prova, fiquei em 700 (e lá vai cacetada). Perdi
minha vaga para técnico judiciário, em compensação passei para analista, e não
consegui tomar posse, pois ainda estava na 3ª Série do curso de Direito e fui
nomeado na primeira leva em virtude de ter ficado em 5º lugar.
Dessa reprovação tirei a segunda lição: SE VOCÊ ESTUDA PARA
CARREIRA FIM, NUNCA DESVIRTUDE SEU ESTUDO PARA CARREIRA MEIO. Ou seja,
esqueça arquivologia, informática, noções de administração, se sua meta for uma
carreira fim logo ao terminar a faculdade. EU NUNCA DESVIEI MEU FOCO.
SEMPRE ESTUDEI APENAS AS MATÉRIAS JURÍDICAS. RESULTADO: PASSEI PARA ANALISTA,
REPROVEI FEITO PARA TÉCNICO.
Continuando a minha saga, reprovei para Advogado da Caixa (Até fui
aprovado, mas sem chance alguma de nomeação). A lição que ficou dessa
prova: NINGUÉM PASSA EM CONCURSO SÓ COM DOUTRINA. TEM QUE DOMINAR
TAMBÉM LEI SECA.
A reprovação seguinte: Assessor do TJ/PR. E as lições: 1- NINGUÉM
PASSA EM CONCURSO ESTADUAL SEM TER UMA NOÇÃO BOA DE PENAL E PROCESSO PENAL. 2-
LEIA TODAS AS SÚMULAS DE VÉSPERA DE QUALQUER PROVA (reprovei em penal por 0,1
décimo, e no parecer por 0,3 décimos, pois desconhecia uma súmula).
E minha última reprovação: Defensor Público do Paraná. Nessa fui
HUMILHADO. Tirei menos de 4 nas duas provas discursivas, errei as peças
(do endereçamento aos pedidos), não sabia nada de filosofia, criminologia,
enfim: uma decepção, e o pior de tudo, o resultado saiu na semana da prova oral
da AGU!
E A LIÇÃO: VOCÊ NUNCA ESTARÁ PREPARADO PARA TODOS OS CONCURSO.
ESCOLHA UM, FOQUE NELE, POIS É NESSE QUE VOCÊ TEM MAIS CHANCES DE PASSAR. NÃO
PULE DE EDITAL EM EDITAL, POIS ELES SÃO MUITO DIFERENTES. FOQUE EM CONCURSOS
AFINS.
NUNCA REPROVEI EM PRIMEIRA FASE, e isso só reforça o que eu disse na
lição anterior. ESCOLHA UM EDITAL E FOQUE NELE, MAS FAÇA TODAS AS
DEMAIS PROVAS. O MÁXIMO QUE VAI ACONTECER É VOCÊ REPROVAR NA SEGUNDA FASE DESSE
CONCURSO NÃO VISADO.
Enfim, o que quero dizer a vocês é que reprovar é normal, e que cada
reprovação lhe aponta um erro que deve ser corrigido até a próxima prova. Ou
seja, NÃO DEIXE DE FAZER O MAIOR NÚMERO DE PROVAS POSSÍVEIS, MAS NÃO
DESVIE SEU FOCO.
A grande maioria dos dias é do examinador, mas nós também temos O
nosso dia de Glória!
O importante é não desistir e acreditar em nós mesmos, ainda que
reprovados. Devemos crescer com nossas reprovações, e não nos
diminuirmos.
Aprovação só vem quando nós mesmos acreditamos nela. Se você não
acredita, repense seus planos de estudos.
Por fim, lembram que disse que o resultado da DPE/PR saiu na semana da
prova oral da AGU: dias depois recebi a notícia de ter tirado 100,00 nessa fase
da AGU. A maior nota do concurso!
Nada como um concurso depois do outro, o importante é encontrar na
reprovação forças para seguir em frente e corrigir os erros. O nosso dia de
Glória chega quando menos imaginamos, mas precisamos nos preparar para ele
desde já!
E no final, tudo vale muito a pena! SIM VALE MUITO A PENA. O dia que
assinei o termo de posse na AGU foi o dia mais feliz da minha vida.
Persistência é
a palavra que te dará a aprovação. NÃO pare na primeira, na segunda ou na
terceira. Muita gente reprova 10 vezes até passar. Conheço quem já reprovou 30
vezes, inclusive já na oral uma delas e hoje é aprovada.
Bom dia
guerreiros.
Eduardo, em
16/06/2019
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.
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Aff nem fale em receber NÃO sobre estágio no MPE e TJ, ambos aqui no Paraná.
ResponderExcluirJá passei em 2 testes seletivos, ficando no cadastro de reserva para quando surgir vagas.
Enviei e-mail para todas promotorias, informando minha disponibilidade, já conversei com Professores da faculdade que são Promotores, mas nunca chegou a chance em ser convocado para integrar o quadro de estagiários.
Enfim, agora estou no último ano da faculdade, indo para o segundo semestre e nada da ligação para receber o SIM, o que também acho impossível contratarem estagiário para ficar alguns meses, somente.
O foco agora é passar nas provas para estágio de pós graduação.
Sempre estagiei e hoje trabalho em advocacia privada, mas o objetivo é conhecer e integrar Gabinete de Promotores ou Juízes.
Hoje em dia existem os processos seletivos para estágio em órgãos públicos e foram esses processos seletivos o pontapé inicial para meus estudos.
ResponderExcluirEu estava no 3º Semestre do Curso de direito, em uma faculdade privada com nenhum renome, tentei entregar currículos, procurar oportunidades de emprego e nada. Diante desse cenário, decidi começar a estudar e fiz a minha primeira prova de estágio para o TRT-MS, a prova era patética, 30 questões, vagas infinitas, questões simples, e mesmo assim eu tomei chumbo. Minha próxima tentativa foi o TCE-MS, essa era uma prova difícil, mas me sentia preparado, lembro que tinha começado a estudar 2h por dia, um recorde para um garoto oriundo do ensino público, não deu também. Minha última tentativa (e eu prometi que seria a última) depois de 2 meses na jornada, foi o TRE-MS e mesmo não me sentindo tão preparado, passei em 13º lugar. Apesar de aprovado e convocado, não consegui parar de estudar, minha rotina de estudos aumentou e decidi tentar o estágio para o MPF-MS, de longe, a prova de estágio mais difícil do Estado, duas fases, uma objetiva e outra discursiva, a exigência mínima era o 5º semestre e eu ainda estava no 4º. No fim, passei em 12º na objetiva e terminei em 18º no certame, neste mesmo ínterim, fui aprovado no estágio da DPU em 1º lugar na prova objetiva (depois da redação fiquei em 2º :c).
Estagiei tanto na DPU quanto no MPF-MS (3º Of. Dr. Davi, infelizmente nunca encontrei o Eduardo na PR pra tirar uma foto :/).
Todo esse cenário só me motivou a estudar mais e mais para a minha carreira dos sonhos: a Procuradoria do Estado do Mato Grosso do Sul (PGE-MS)
Devido à nova organização do gabinete que eu estagiava no MPF-MS, minha vaga de estágio foi extinta esse ano. Então, fiz a prova do TCE e do TRE novamente, fui aprovado nas duas, logo após voltar para o TRE, foi aberto o primeiro processo seletivo de estágio da PGE-MS (análise curricular e entrevista), e semana passada saiu o resultado, fui aprovado em 1º Lugar, finalmente irei ter contato com a advocacia pública e com a minha carreira pretendida.
E tudo isso só aconteceu porque não encontrava vagas de estágio na área privada.
Hoje em dia existem os processos seletivos para estágio em órgãos públicos e foram esses processos seletivos o pontapé inicial para meus estudos.
ResponderExcluirEu estava no 3º Semestre do Curso de direito, em uma faculdade privada com nenhum renome, tentei entregar currículos, procurar oportunidades de emprego e nada. Diante desse cenário, decidi começar a estudar e fiz a minha primeira prova de estágio para o TRT-MS, a prova era patética, 30 questões, vagas infinitas, questões simples, e mesmo assim eu tomei chumbo. Minha próxima tentativa foi o TCE-MS, essa era uma prova difícil, mas me sentia preparado, lembro que tinha começado a estudar 2h por dia, um recorde para um garoto oriundo do ensino público, não deu também. Minha última tentativa (e eu prometi que seria a última) depois de 2 meses na jornada, foi o TRE-MS e mesmo não me sentindo tão preparado, passei em 13º lugar. Apesar de aprovado e convocado, não consegui parar de estudar, minha rotina de estudos aumentou e decidi tentar o estágio para o MPF-MS, de longe, a prova de estágio mais difícil do Estado, duas fases, uma objetiva e outra discursiva, a exigência mínima era o 5º semestre e eu ainda estava no 4º. No fim, passei em 12º na objetiva e terminei em 18º no certame, neste mesmo ínterim, fui aprovado no estágio da DPU em 1º lugar na prova objetiva (depois da redação fiquei em 2º :c).
Estagiei tanto na DPU quanto no MPF-MS (3º Of. Dr. Davi, infelizmente nunca encontrei o Eduardo na PR pra tirar uma foto :/).
Todo esse cenário só me motivou a estudar mais e mais para a minha carreira dos sonhos: a Procuradoria do Estado do Mato Grosso do Sul (PGE-MS)
Devido à nova organização do gabinete que eu estagiava no MPF-MS, minha vaga de estágio foi extinta esse ano. Então, fiz a prova do TCE e do TRE novamente, fui aprovado nas duas, logo após voltar para o TRE, foi aberto o primeiro processo seletivo de estágio da PGE-MS (análise curricular e entrevista), e semana passada saiu o resultado, fui aprovado em 1º Lugar, finalmente irei ter contato com a advocacia pública e com a minha carreira pretendida.
E tudo isso só aconteceu porque não encontrava vagas de estágio na área privada.